foto de divulgação
Não há mais segredo: a candidata ao senado no RN Vilma de Faria anda super nervosa e transmite esse estado de espírito a todo o staff de campanha.
Motivo: queda nas pesquisas, em decorrência do empate técnico com Fátima Bezerra.

O deputado Henrique Alves revela em rodas íntimas que a “cobrança” diária de Vilma está se tornando estafante para ele.
Vilma se acha “abandonada” pela aliança PMDB e DEM, principalmente.
Diz não compreender como é que Henrique está com vantagem de mais de 10 pontos e ela caindo sempre.

Nos palanques, questiona até o número de bandeiras e faixas para Henrique em número menor do que aquelas com o nome dela.
Exige a liberação imediata de mais recursos financeiros, prometidos na celebração da aliança com Henrique e José Agripino.
Vilma poupa, apenas, Garibaldi Alves, por ele estar na TV, realmente indicando o nome dela.


O estilo de Vilma em política é conhecido dos seus “ex” e “atuais” aliados.
Portanto, não é surpresa o que está acontecendo.
Há quem questione o erro do PMDB-DEM em ter valorizado tanto Vilma, tornando-a a “joia da coroa”, tudo em função de uma “manobra” no início do ano, articulada por políticos e empresários, com a divulgação de uma “pesquisa” (!!!), na qual ela politicamente “seria a dona” do RN.
Ganharia, por larga margem, para o senado, ou governo.
Teria, apenas, que escolher.

Não se pode negar que Vilma tenha liderança.
Todavia, não era com a dimensão apresentada.
O então possível candidato Fernando Bezerra, bem trabalhado por amigos, curiosamente endossou a tese da “invencibilidade” de Vilma e chegou a declarar que com ela candidata ao governo não iria disputar.
Temeu publicamente!
Depois, Henrique, igualmente “trabalhado” pelas mesmas pessoas, disse também que desistiria de disputar o governo com Vilma candidata
A realidade, porém, era outra.
Os números indicam – salvo mudanças –, que Henrique é quem pode “puxar” Vilma e não ela “puxar” Henrique.
Aliás, isso é normal.

Aluízio Alves dizia que já vira muitos candidatos ao governo “levar” o senador, mas nunca acontecera o candidato ao senado “levar” o governador.
Hoje, o seu filho prova isso pela inegável vantagem que tem nas pesquisas e a queda da sua companheira de chapa para o senado.
Analistas vaticinam que se Henrique e Agripino não tivessem embarcado na valorização excessiva de Vilma, ela não teria sido candidata nem ao governo e o PMDB e DEM teriam formado uma chapa com maior expressão e credibilidade, fatores decisivos na eleição de 2014, sobretudo para os “indecisos”.

Vilma disputaria uma vaga na Câmara Federal.
Porém, Henrique e Agripino preferiram colocá-la como candidata ao senado, com demonstrações públicas de “amor e afeto”, preterindo correligionários tradicionais e com imagem política.
O raciocínio do PMDB e DEM teria sido o de que, Vilma ganhando, Garibaldi e José Agripino voltariam para o senado em 2018.
Ela perdendo, estaria fora da política do RN, pelo menos em eleição majoritária.

Neste cenário de “risco” para Vilma, o nervosismo aumenta dia a dia, com as exigências da candidata e as “ameaças” da sua tropa de choque, que nas caminhadas e comícios já se nega levar faixas e propaganda de Henrique, enquanto ele não ajudar Vilma como desejam.
Fala-se em duas estratégias, que Vilma estaria “bolando” para conter a sua queda visível nas pesquisas.

Primeiro, se Henrique e Agripino não chegarem com os votos e o dinheiro prometido imediatamente, ela teria um “laranja” no PSB, candidato a deputado federal, que renunciaria à candidatura.
Então, Vilma renunciaria ao Senado e iria disputar a deputação federal.
Sairia “atirando” e justificando ter sido traída pelo PMDB e DEM.
Segundo, iria procurar Marina Silva e jurar-lhe fidelidade para que a candidata viesse ao RN indicar o seu nome.

Dois problemas atrapalham esse plano de Vilma.
De um lado, Marina que prega a coerência, já manifestou o afastamento público de Henrique Alves, vinculando-o ao PMDB.
Vilma é aliada de Henrique e do DEM.

Por outro lado, se Marina aceitasse vir ao RN, os petistas apresentariam de público acusações contra Vilma, inclusive decisões judiciais, denunciando que a “nova política” de Marina estaria comprometida e incoerente e ela perderia a autoridade para falar em “mensalão” e outros fatos semelhantes.
Será que Marina correria esse risco, com repercussões nacionais?
Há quem lembre que o relacionamento político de Vilma com Marina nunca foi bom.
Uma versão, apenas.
A verdade é que acordo em política é absolutamente normal.
Porém, a composição política que uniu PSB, PMDB e DEM no Rio Grande do Norte transformou-se num palanque pesado, com “muita gente” em cima.
O peso do “palanque” está ameaçando a segurança daqueles que estão nele.
Veremos o que vai acontecer!

fonte;blog  Ney Lopes