Senadora acredita que governo Temer será desastroso para os programas sociais e a valorização do salário mínimo.
O Partido dos Trabalhadores e a presidente Dilma Rousseff vêm demonstrando severa resistência ao processo de impeachment. Segundo a senadora Fátima Bezerra, uma das líderes do partido no Estado, agora que admissibilidade do processo teve início – com a aceitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal – o PT irá se mobilizar para fazer uma forte oposição.
“Diferentemente dos golpistas, que sabotou Dilma apostando no quanto pior melhor, paralisando o governo com pautas bombas, o PT não fará oposição ao Brasil, mas fará uma oposição firme e qualificada ao governo ilegítimo, à ponte para o passado e aos retrocessos anunciados antes mesmo do conspirador Michel Temer tomar de assalto a presidência”, desabafou.
Para Fátima Bezerra, o governo provisório de Temer trata-se de uma gestão ilegítima e edificada sobre uma fraude jurídica e uma farsa política. Questionada sobre as expectativas do PT para o mandato do pemedebista, a senadora alfinetou. “A nossa expectativa está embasada no programa que o PMDB apresentou recentemente, a chamada ponte para o Futuro. O que está dito naquele documento? Fim da política de valorização do salário mínimo, desvinculação das receitas hoje vinculadas a saúde e educação, sem falar no retorno as privatizações e a redução da abrangência dos programas sociais”, argumentou.
A senadora potiguar disse ainda que o PT não irá recuar e continuará lutando para voltar a presidência. “Precisamos lembrar que o julgamento de fato tem início agora, que o Senado votou apenas a admissibilidade. Lutaremos até o último minuto para vencer esta luta no Senado, pois ficou muito claro que Dilma não cometeu crime nenhum e que o impeachment foi uma arma escolhida pelos derrotados nas urnas para chegar ao poder”, frisou.
Sobre as manifestações a favor do governo, Fátima Bezerra disse que as mobilizações irão continuar, de forma resistente e pacífica. “Continuaremos nas ruas, nos locais de trabalho e de estudo, organizando a resistência pacífica e democrática. O golpe ficou tão evidente, tão desnudo, que amplos setores da sociedade decidiram se mobilizar para defender a legalidade, pois entendem agora que o que está em jogo não é apenas o mandato da presidente, mas o presente e o futuro da democracia brasileira”, concluiu. 
fonte:nominuto