Delator explica que a escolha de Jucá para atuar em nome da empresa em projetos de lei, medidas provisórias estava amparada em três fatores.
O ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho explica no anexo encaminhado à Procuradoria-Geral da República ter dedicado um relato “à parte, exclusivo,” para o senador Romero Jucá (PMDB) porque ele era seu principal interlocutor no Senador Federal. 
No entendimento do delator, dois fatos objetivos podem medir o “relevo” de Jucá: a intensidade da sua devoção aos pleitos do interesse da empresa e o elevado valor dos pagamentos feitos ao senador.
“Ao longo dos anos que mantive interlocução com o Senador Romero Jucá, participei de pagamentos a ele que hoje superam R$ 22 milhões. Como tive conhecimento, esses valores eram centralizados no Senador Romero Jucá e posteriormente redistribuído dentro de seu grupo no PMDB”, explica Cláudio Filho. 
Segundo ele, Jucá representava Renan Calheiros e Eunício Oliveira.
“A minha experiência deixou claro que o Senador Romero Jucá centralizava o recebimento de pagamentos e distribuía os valores internamente no grupo do PMDB do Senado Federal, especificamente no que posso atestar com total segurança, no que diz respeito aos Senadores Renan Calheiros e Eunício Oliveira”, afirma.
O delator explica no anexo de 82 páginas que a escolha de Jucá, cujo codinome na tabela de propina era Caju, para atuar em nome da empresa em projetos de lei, medidas provisórias e demais assuntos legislativos estava amparada em três fatores. 
A posição histórica de liderança de Jucá nos governos anteriores, quando era conhecido como “Resolvedor da República no Congresso” e “Eterno Líder”. A atuação como “anteparo das manobras” da Câmara contrárias aos pleitos da empresa. A capacidade de articulação dentro do seu partido, em especial, com Calheiros e Eunício e, por fim, a “voz de relevância” no Executivo - Planejamento e Fazenda.
fonte:agencia Brasil
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