Denarc apreendeu além de armas, dinheiro, celulares e droga
A Polícia Civil deflagrou na madrugada de ontem, nas cidades de Santa Cruz, Currais Novos, Tangará e Ceará-Mirim, uma operação de combate ao tráfico de drogas denominada “Missionários do Inharé”, que culminou na prisão de 16 pessoas e mais a apreensão de um adolescente. O objetivo era o cumprimento de 18 mandados de prisão e mais 21 de busca e apreensão, por isso, não está descartada mais detenções nos próximos dias.

Participaram da operação 120 policiais da Delegacia Especializada de Narcóticos de Natal (Denarc-Natal) e da 9ª Delegacia Regional de Polícia Civil (9ª DRP), lotada em Santa Cruz. Eram por volta de 2h quando os agentes começaram a cumprir os mandados, todos expedidos pela juíza Giselle Priscilla Cortez Guedes Draeger, da  Vara Criminal  da Comarca de Santa Cruz. Dos 16 acusados, três foram presos em flagrante.



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A equipe conseguiu apreender uma pequena quantidade de maconha e crack, além de uma pistola 380 com 13 munições, um revólver calibre 38 e um colete a prova de balas. Uma quantia de R$ 215 em espécie fracionados também foi encontrada com a quadrilha, o que segundo o delegado Ulisses de Souza, titular da Denarc, reforça a caracterização de tráfico de drogas. Considerados os principais traficantes de Santa Cruz, todos foram presos preventivamente sob a acusação de tráfico de drogas e associação para o tráfico, além de porte e posse ilegal de arma.

O detalhe é que dois dos presos comandavam o comércio ilegal de dentro da prisão. O delegado Ulisses de Souza afirma que ambos já estavam detidos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Santa Cruz, exatamente pelo crime de tráfico. Ele só não soube dizer há quanto tempo os dois estão encarcerados. Um deles também responde na Justiça por homicídio qualificado, de acordo com informações do e-SAJ do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte – o sistema de consulta processual do TJRN. “Os dois agora vão responder por mais esse crime [de tráfico de drogas]”, destacou Ulisses.

Segundo o delegado, as investigações apontam para uma organização criminosa bem organizada que não se limitava ao comércio ilegal de entorpecentes. As investigações ligam também outros membros da quadrilha a assaltos e mesmo homicídios realizados na região. Em entrevista coletiva realizada na sede da 9ª DRP, Ulisses de Souza passou informações sobre a operação.

Apesar de cuidadoso nas explanações, o delegado citou que após várias diligências e campanas realizadas ao longo dos últimos seis meses a polícia resolveu agir. “Já vínhamos investigando há muito tempo após denúncias de moradores da cidade citando alguns nomes. Eles principalmente traficavam e roubavam e o detalhe é que mesmo custodiados, dois deles ajudavam a comandar o comércio ilegal de dentro da penitenciária”, afirmou Ulisses de Souza.

Resumidamente o titular da Denarc afirmou que a droga chegava a Santa Cruz, era recebida por alguns membros da quadrilha e distribuída. Ele não disse quem efetivamente comandava o comércio ou de onde vinha a droga. A justificativa é não atrapalhar o restante das investigações.

fonte:tribuna donorte



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