A Justiça do Rio
Grande do Norte determinou, por meio da 6ª Vara da Fazenda Pública da Comarca
de Natal, o bloqueio dos bens do ex-governador Robinson Faria no valor de R$
6,3 milhões, com a finalidade de assegurar o ressarcimento integral aos cofres
públicos em caso de condenação do político por improbidade administrativa.
Agora, Robinson
Faria está proibido de vender seus imóveis, fazer movimentações bancárias e até
mesmo comercializar veículos. A acusação de enriquecimento ilícito compreende
um longo período: começando em 2006, quando ele era deputado estadual e
presidente da Assembleia Legislativa, passando por 2011, quando foi
vice-governador, e a partir de 2015, quando foi empossado governador.
De acordo com a
ação, protocolada pelo Ministério Público, está imputado ao ex-governador
inserção fraudulenta de pessoas na folha de pagamento da Assembleia Legislativa
no período de 2006 a 2015; utilização dos cofres públicos para remunerar
pessoas à sua exclusiva disposição, seja em atividades eminentemente
particulares, seja na prestação de serviços de cunho eleitoral; além patrocinar
a “velha e antidemocrática política de manutenção de ‘curral eleitoral’, por
meio da compra ‘parcelada’ de apoios políticos”.
Essa decisão da
Justiça – da última terça-feira, 22 – é um desdobramento das investigações que
começaram após a Operação Dama de Espadas. Na decisão do juiz Francisco
Seráphico da Nóbrega Coutinho, o próprio magistrado afirma a existência fortes
indícios de que o ex-governador Robinson Faria era beneficiário de um esquema
ilícito de desvio de recursos na Assembleia Legislativa.
O juiz também levou
em consideração a conclusão dos promotores de que Robinson Faria utilizou-se de
pessoas humildes e de baixa escolaridade para um projeto de enriquecimento
ilícito, além de financiamento de campanha política, sendo ele o maior beneficiário.
por tribuna de noticias
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