Um delegado da Polícia Civil foi preso, nesta quarta-feira (8), por
força de mandado de prisão. Ele, uma advogada e mais três pessoas são
suspeitos de integrarem um esquema de fraudes em pensões por morte no
IPERN. O DPC Olavo Dantas vinha sendo investigado pela Delegacia de
Investigação de Crimes contra a Ordem Tributária e acabou sendo preso.
Além dele, os policiais da Deicot prenderam uma advogada e mais três
pessoas, sendo um dos presos filho de um ex-auditor fiscal do Estado, já
falecido.
Os policiais cumpriram ainda quatro mandados de Condução Coercitiva
de colaboradores do suposto esquema. A quadrilha, de acordo com as
investigaçõe, vinha recebendo pensão por morte indevidamente do IPERN.
A investigação, conduzida pelos delegados Laerte Jardim e Aldo Ribeiro, teve início após a Polícia receber uma informação através do Whatsapp do Disk Denúncia que dava conta de que o delegado Olavo Dantas de Medeiros Júnior teria procurado um homem identificado como José Laercio Ferreira de Melo e feito a proposta de fraudar uma documentação para que o Laercio e seus familiares pudessem receber a pensão deixada pelo seu pai, o auditor fiscal falecido, Gonçalo Pereira de Melo. De acordo com a denúncia, a proposta teria sido aceita e o plano executado. Além da pensão, os denunciados teriam recebido ainda R$240 mil que estava depositado na conta do falecido.
As investigações, que tiveram início em fevereiro deste ano,
confirmaram a veracidade da denúncia e deram conta de que o esquema
contou com a participação de outras quatro pessoas: a advogada Thayana
de Moura Macedo, que foi responsável pela realização de um inventário
administrativo no 5º Cartório do Alecrim (com renúncia dos herdeiros) e
pelo levantamento do dinheiro que estava depositado na conta do
falecido, através de um alvará judicial obtido de forma ilegal; Ana
Cláudia de Oliveira Dantas e seu esposo, identificado como Expedito,
suspeitos de falsificar os documentos utilizados pela quadrilha para
fraudar a pensão; e Maria Cosme Sobrinho, que se passou por companheira
do auditor falecido.
Todos os envolvidos foram presos na manhã de hoje (8), exceto
Expedito que foi encaminhado para a delegacia para prestar
esclarecimentos, mas foi liberado em seguida. Ana Cláudia, inclusive,
tinha um mandado de prisão em aberto expedido pela justiça da Paraíba,
por estelionato.
O montante recebido indevidamente pelo grupo desde o início do
esquema já soma cerca de R$600 mil em prejuízo para o Estado. O grupo
foi autuado pelos crimes de falsificação de documento particular,
falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, uso de
documento falso, falso testemunho e peculato. Além desse, outros casos
de fraudes em pensões estão sendo investigados no Rio Grande do Norte,
possivelmente ligados a essa quadrilha.
fonte:portal bo
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