É hoje quarta feira, dia 15 Agosto, que as cidades de Caiçara, Tacima e Logradouro celebrarão juntas os cem anos da tradição em torno da Pedra Pão de Açúcar. O rochedo, de 108m de altura, localiza-se no território de Tacima/PB, mas, devido à proximidade, a tradição desenvolveu-se nas cidades de Caiçara e Logradouro (a pedra fica a 4km de Caiçara). 

Seguindo a tradição, no começo da manhã, uma procissão dedicada a Nossa Senhora da Boa Morte ou Nossa Senhora da Assunção, santa do dia, parte da matriz de Caiçara até a base da rocha. No local será celebrada uma missa em um palco. Em seguida, apresentações culturais e shows se revezarão durante todo o dia, Zé Carlos e banda será uma das atrações. É montada uma grande estrutura com barracas, banheiros químicos, etc. Será organizada também uma cavalgada partindo do Braga, zona rural de Tacima, às 08:30, seguindo até a pedra. As pessoas passam a maior parte do tempo escalando a pedra, por devoção ou por diversão, no alto existe um cruzeiro, que simboliza as origens dessa devoção.

Para marcar a data o pesquisador Jocelino Tomaz de Lima, com apoio das prefeituras envolvidas, lançara o livreto “Festa da Pedra, Cem Anos de Fé, Tradição e Turismo”, sobre as curiosas histórias em torno dessa rocha.

O cangaço está presente no princípio da tradição. “Manoel Sertanejo”, que fez uma promessa que deu origem a devoção, era primo do famoso cangaceiro Antônio Silvino e provavelmente estava no bando quando invadiram Caiçara em 1912, episódio detalhado no livro. A promessa do ex-cangaceiro no dia de Nossa Senhora da Boa Morte, de colocar um cruzeiro no topo da pedra e seguir uma interessante devoção, é revelada em detalhes na obra.

A curiosa história da queda de duas moças que era uma das versões para o início da tradição.

Além disso, traz a evolução história da festa, com tempos glória e outros de quase abandono. A retomada em 2006, com implementações das prefeituras de Caiçara e Logradouro e o notável crescimento a partir de 2013 devido a uma forte parceria entre Caiçara e Tacima.
Outro destaque da obra são as lendas em torno do rochedo. Fala-se de um “reino encantado” dentro da pedra. Histórias de caçadores que viram a pedra se abrir e contemplaram riquezas do seu interior; de aparições de uma bela mulher, a “princesa da pedra”; de “olhos” se abrindo na rocha; de sons estranhos emanando do rochedo, e muito mais.

 As relações históricas e místicas com a “Pedra Massalina”, localizada no município de Belém, e também com a famosa “Pedra do Reino”, referenciada pelo escritor Ariano Suassuna. A impressão que a pedra causou no famoso escritor Mario de Andrade, e a fascinação do renomado artista plástico paraibano Hermano José pelo rochedo.

A obra ainda contém fotos, a geografia em torno da rocha, a história e a teologia do culto a Nossa Senhora da Assunção, trata de pinturas rupestres, poesias, entre elas a íntegra do cordel “A Fantástica História da Festa da Pedra em Versos”, de Bartolomeu Xavier.

fonte:blog felipe silva
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