Teto da delegacia Ceará-Mirim (Foto: Anderson Flávio Barbosa) "Se nós não tirarmos dinheiro do nosso bols...
Teto da delegacia Ceará-Mirim (Foto: Anderson Flávio Barbosa)
"Se nós não tirarmos dinheiro do nosso bolso, a delegacia não
funciona". Essa foi uma das várias reclamações do agente Anderson Flávio
Barbosa, que trabalha na Delegacia de Polícia Civil de Ceará-Mirim, na
Grande Natal, onde parte do teto desabou nesta segunda-feira (25). Esse foi o segundo caso semelhante na unidade que, de acordo com a Degepol, passou por reparos a pouco mais de um mês.
Ao G1, o policial disse que há muito tempo o prédio,
que é de responsabilidade da Delegacia Geral de Polícia do Rio Grande do
Norte, não recebe um serviço de manutenção."Aqui são vários problemas. A
estrutura do prédio é muito antiga e não recebe a manutenção adequada.
Faz bastante tempo que não temos um serviço de manutenção, só são feitos
pequenos reparos", disse Anderson.
O policial relatou ainda que devido aos problemas de estrutura no
prédio, os próprios agentes custeiam os reparos quando preciso. "Como
não foi feita nenhuma reforma no prédio, nós mesmos arcamos com os
custos de muitos reparos. Somos dez agentes na delegacia, então
dividimos os custos para não ficar pesado para ninguém", explica.
Ainda de acordo com ele, até o conserto de carros da polícia são
arcados pelos agentes. "Semana passada gastamos R$ 270 com a manutenção
do carro da delegacia, porque se mandarmos para Natal, tão cedo ele não
volta. É melhor fazer isso do que ficar sem o veículo",
Situação essa que, segundo o chefe de investigação não vai mais se
repetir. "Não dá mais para ficarmos gastando com esse tipo de serviço.
Toda semana aparece alguma coisa nesse prédio. Além do custo, tem a
questão do desgaste. Vamos parar de fazer isso e deixar correr para ver
até aonde isso vai dar porque essa situação está errada. Não deveria
estar acontecendo", lamenta ele Anderson.
fonte g1rn
xuadoagreste@hotmail.com
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