Uma em cada 14 mulheres já foi, pelo menos uma vez, vítima de abuso sexual por parte de alguém que não o seu parceiro, mostra estudo fe...
Uma em cada 14 mulheres já foi, pelo menos uma vez, vítima de abuso
sexual por parte de alguém que não o seu parceiro, mostra estudo feito
em 56 países e publicado hoje (12) na revista The Lancet.
De acordo com o levantamento, a situação varia muito de país para
país. A taxa de mulheres vítimas de abusos chega a 20% na região central
da África Subsaariana mas, em média, 7,2% das mulheres com 15 anos ou
mais dizem ter sido atacadas sexualmente pelo menos uma vez na vida.
“Descobrimos que a violência sexual é uma experiência comum para as
mulheres em todo o mundo, e em algumas regiões é endêmica, atingindo
mais de 15% em quatro regiões. No entanto, as variações regionais
precisam ser interpretadas com cautela devido às diferenças na
disponibilidade de dados e nos níveis de denúncia”, explicou Naeemah
Abrahams, do Conselho de Investigação Médica da África do Sul, que
coordenou o trabalho com colegas da Escola de Higiene e Medicina
tropical de Londres e com a Organização Mundial da Saúde.
Após procurar estudos publicados ao longo de 13 anos (1998–2011), com
dados sobre a prevalência global de violência sexual, os cientistas
identificaram 77 trabalhos válidos, recolhendo dados sobre 412
estimativas em 56 países.
Os resultados mostram que as mais altas taxas de violência sexual
estão no Centro da África Subsaariana (21% na República Democrática do
Congo), no Sul da mesma região (17,4% na Namíbia, África do Sul e no
Zimbabue), e na Oceania (16,4% na Nova Zelândia e Austrália).
Os países do Norte da África e Médio Oriente (4,5% na Turquia) e no
Sul da Ásia (3,3% na Índia e em Bangladesh) registraram as taxas mais
baixas.
Na Europa, os países do Leste (6,9% na Lituânia, Ucrânia e no
Azerbaijão) têm percentual muito mais baixo do que os do Centro (10,7%
na República Tcheca, Polônia, Sérvia, em Montenegro e Kosovo) e do que
os do Ocidente (11,5% na Suíça, Espanha, Suécia, no Reino Unido, na
Dinamarca, Finlândia e Alemanha).
Os autores do estudo lembram que os dados podem subestimar a
verdadeira magnitude do problema por causa do estigma e da culpa
associada à violência sexual, que leva as vítimas a não denunciar,
prejudicando a qualidade dos números citados.
fonte:agencia Brasil
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