foto de divulgação
Triste do partido
político que precisa mendigar dinheiro para sobreviver. Pois é isto que
está ocorrendo com o Democratas, do senador José Agripino Maia. Primeiro
abdicou da candidatura natural a reeleição da única governadora do
partido – Rosalba Ciarlini – para dar sobrevida ao deputado federal
Felipe Maia, candidato a reeleição e filho do senador. E esta sobrevida
Agripino Maia deve agradecer ao presidente da Câmara, Henrique Alves
(PMDB), candidato a governador a quem o presidente do DEM levou o seu
partido – mesmo dividido – a apoiá-lo. Agora, quem diria, por um respiro
financeiro, tem topado até acordo com o governo, diz em reportagem a
revista IstoÉ.
- Para
a surpresa dos aliados, o DEM, presidido pelo fervoroso senador
oposicionista José Agripino Maia, mandou emissários para a mesa de
negociação com o governo. O governo se comprometeu a liberar emendas
individuais dos parlamentares do DEM em troca do apoio da sigla à
votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária ) e do abrandamento do
discurso em relação à CPI da Petrobras, diz a publicação.
A IstoÉ relata
ainda que o que explica a insólita negociação é o estado de penúria do
partido. Os parlamentares que concorrem à reeleição reclamam da grande
dificuldade para captar doações e da escassez de recursos do fundo
partidário.
Aí eu digo: subentende-se desta forma que o deputado
Felipe Maia estaria também encontrando dificuldades para a captação de
doações para a sua campanha. Daí, a solução foi apoiar Henrique Alves ao
governo garantindo assim, pelo menos hipoteticamente, a sua reeleição.
Simples assim, não?
Fato é que o DEM só sobreviverá se Aécio Neves
se eleger presidente da República, pois que Agripino Maia é um dos
coordenadores de sua campanha. Do contrário, como já observei certa vez,
estará fadado a sucumbir.
No Rio Grande do Norte, por exemplo,
Agripino Maia já passou da condição de líder político à liderado de
Henrique Alves. O DEM, assim como no plano nacional, só sobreviverá no
estado se Henrique se eleger governador, pois que certamente ganhará
secretarias e cargos comissionados.
Veja a ironia da política, caro leitor: na mesma reportagem da IstoÉ, a
revista fala que setores como o agronegócio, bancos e empreiteiras, que
antes financiavam o partido, acompanharam grandes nomes que abandonaram
a sigla em 2011, rumo ao PSD.
Detalhe: o maior opositor nas eleições para governador no Rio Grande do Norte de Henrique Alves é exatamente Robinson Faria, do PSD.
Deu na Coluna do Barbosa
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