Em 2014, a Caixa Econômica Federal prevê emprestar R$ 30
bilhões por meio do crédito consignado, segundo nota emitida pelo banco
nesta quarta-feira (30).
De acordo com a Instituição Financeira, o saldo da carteira desta
modalidade inclui 3,7 milhões de clientes e chegou, em maio, a R$ 52
bilhões. Esse montante representa alta de 7,1% em 12 meses.
Esse volume de recursos representa em torno de 70% do saldo de
crédito com recursos livres da Caixa destinado a pessoa física – que
exclui financiamento habitacional e rural, por exemplo.
“Eu diria que é a operação de crédito mais acessível a toda a
população. Qualquer trabalhador pode obter um valor que resolva o seu
problema com pagamento no longo prazo”, afirma Édilo Valadares,
diretor-executivo de Clientes e Estratégias de Varejo da Caixa.
O mercado de crédito consignado ganhou grande impulso em 2004, quando
uma maior regulamentação atraiu todos os grandes bancos brasileiros. O
saldo total do segmento superou o de financiamento de veículos no país
no primeiro trimestre do ano passado.
“Essa linha (de crédito) trouxe para o mercado pessoas que
anteriormente tinham uma dificuldade muito grande em conseguir crédito, e
que, quando obtinham, era em condições muito desfavoráveis”,
complementa Édilo.
Entre janeiro 2008 e maio de 2014, o volume do crédito consignado
saltou de R$ 69,7 bilhões para R$ 235 bilhões. Os empréstimos a
servidores públicos representam 62% do total (R$ 145,1 bilhões),
seguidos por beneficiários do INSS (30%) e trabalhadores da iniciativa
privada com carteira assinada (8%).
Consignado
O empréstimo com desconto em folha de pagamento reduz o risco de
inadimplência. Desse modo, a linha de crédito possui parcelas menores e
taxas de juros inferiores.
Para obter um empréstimo consignado na Caixa Econômica Federal, é
preciso ser aposentado ou pensionista do INSS, funcionário público ou
empregado com carteira assinada de uma das 20 mil empresas privadas com
convênio ativo com o banco.
Segundo uma resolução do Banco Central (BC), a parcela não pode ultrapassar o teto de 30% da renda mensal do cliente.
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