Mais de cem horas após o acidente aéreo que resultou na morte de
Eduardo Campos e de mais seis pessoas, o corpo do ex-governador de
Pernambuco foi enterrado há pouco ao lado do avô, Miguel Arraes, no
Cemitério de Santo Amaro, em uma sepultura simples, sem luxo, rodeada
apenas de flores e placas de mármore com identificação. Fogos de
artifício e gritos de “Eduardo, guerreiro do povo brasileiro” marcaram o
encerramento da cerimônia.
Nas ruas, nos bancos, nas calçadas em cima dos jazigos – alguns
seculares de mármore –, cada metro do Cemitério Santo Amaro foi
disputado pelos admiradores do ex-governador na chegada do caixão com os
restos mortais do político ao local. As vias próximas ao cemitério
estavam cheias de ônibus com caravanas de várias cidades do estado.
Segundo a Polícia Militar, 150 mil pessoas passaram pelo velório de
Campos, na sede do governo de Pernambuco.
Próximo à cova, apenas a família e amigos. Houve chuva de flores. O
último adeus ao pai, irmão, filho, tio, neto, sobrinho foi observado
atentamente pela multidão, que gritava pedindo justiça e que as causas
do acidente sejam esclarecidas. A esposa, Renata Campos, quatro dos
cinco filhos do casal, a mãe, Ana Arraes, que estiveram ao lado do
caixão desde a madruga quando foi trazido de São Paulo, e o irmão,
Antônio Campos estavam entre os mais emocionados.
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