Decisões tomadas nesta terça-feira (3) pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) mostram que a conta de luz de pelo menos parte da
população pode subir acima de 50% em 2015. Os números contradizem o
ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que em janeiro disse não acreditar que os reajustes chegassem a 40%.
Nesta terça, a Aneel autorizou os primeiros reajustes de 2015, para seis das 63 distribuidoras do país.
Em alguns casos, o aumento nas tarifas supera os 40%. Cinco
distribuidoras são do grupo CPLF e atendem parte do interior paulista. A
outra, Energisa Borborema, atua no interior da Paraíba.
O maior reajuste foi autorizado para a CPFL Jaguari: de 45,7%, em média. Para os clientes residenciais e comércio atendido pela distribuidora, o aumento será de, em média, 39,49%. Já para indústrias e grandes consumidores de energia na área de atuação da empresa, será de 48,85%, em média.
O maior reajuste foi autorizado para a CPFL Jaguari: de 45,7%, em média. Para os clientes residenciais e comércio atendido pela distribuidora, o aumento será de, em média, 39,49%. Já para indústrias e grandes consumidores de energia na área de atuação da empresa, será de 48,85%, em média.
As contas de luz, no entanto, ainda devem
sofrer outros impactos este ano – como o repasse para tarifa cobrada
dos consumidores da conta do fundo CDE – por conta do aumento do custo
de geração resultante do baixo nível dos reservatórios das usinas
hidrelétricas – o que pode levar a alta na tarifa de parte dos
consumidores a passar de 50%.
Fundo CDE
Também nesta terça, a diretoria da Aneel aprovou a proposta de repasse para as contas de luz de R$ 23,21 bilhões. Esses recursos vão abastecer a CDE, fundo por meio do qual o governo realiza ações no setor elétrico, entre elas o financiamento de programas como o Luz para Todos, subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda, compra de combustível para termelétricas e pagamento de indenizações para empresas.
Também nesta terça, a diretoria da Aneel aprovou a proposta de repasse para as contas de luz de R$ 23,21 bilhões. Esses recursos vão abastecer a CDE, fundo por meio do qual o governo realiza ações no setor elétrico, entre elas o financiamento de programas como o Luz para Todos, subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda, compra de combustível para termelétricas e pagamento de indenizações para empresas.
Essa proposta passa agora por consulta pública e voltará a ser
analisada pela Aneel. Se for aprovada nos mesmos termos apresentados
nesta terça, vai gerar impacto médio de 19,97% nas contas de luz de
consumidores do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, e de 3,89% para aqueles do
Norte e Nordeste.
A Aneel vai fazer uma revisão extraordinária, ou seja, vai aplicar um segundo aumento nas tarifas de todas as distribuidoras em 2015, para fazer o repasse da CDE.
A Aneel vai fazer uma revisão extraordinária, ou seja, vai aplicar um segundo aumento nas tarifas de todas as distribuidoras em 2015, para fazer o repasse da CDE.
Na revisão extraordinária, será repassada ainda aos consumidores do
Sul, Sudeste e Centro-Oeste a fatura pelo encarecimento da energia
gerada por Itaipu, que vai provocar alta média de 6%. Portanto, para
essas regiões o impacto médio previsto desse aumento extra na conta de
luz é de cerca de 26% (19,97% da CDE, mais 6% de Itaipu).
Por lei, apenas os consumidores dessas três regiões bancam a
eletricidade de Itaipu. Além disso, elas arcam com 80% dos gastos da CDE
repassados às tarifas. Por isso, para o Sul, Sudeste e Centro-Oeste os
reajustes serão maiores neste ano do que para o Norte e Nordeste.
Somados o reajuste aprovado nesta terça, e a previsão de impacto do repasse da CDE e da energia de Itaipu, no caso da CPFL Jaguari
a alta na conta de luz pode chegar, na teoria, a 66,67%, em média –
para os clientes industriais da empresa pode ser ainda maior, de 68,82%.
O reajuste autorizado para a distribuidora nesta terça já inclui a variação da energia de Itaipu.
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