O peemedebista Eduardo Cunha entra em uma das salas de seu gabinete
rodeado por seguranças e assistentes. Na sala de onde despacha, responde
aos questionamentos do EL PAÍS entre uma ligação e outra, em meio a
diversas trocas de mensagens pelo celular. Ainda que em alguns momentos
fale depressa e feche os olhos ao se incomodar com algumas perguntas,
aparenta calma, apesar de toda a pressão dos últimos dias.
O presidente da Câmara dos Deputados, que desde que chegou ao comando
da Casa, em fevereiro, impôs uma série de derrotas a então aliada Dilma
Rousseff (PT), é um dos 54 nomes que serão investigados nos processos
relativos à operação Lava Jato. “A corrupção está no Governo, não está
no Parlamento. Eventualmente, alguém do Parlamento pode ter se
beneficiado da corrupção do Governo, o que é uma coisa que está sendo
investigada. Há um esquema sistêmico de corrupção da Petrobras”, disse
ele.
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