A reforma política foi tema de discussão na Assembleia Legislativa,
durante a tarde desta segunda-feira (30). Por proposição do deputado
estadual Fernando Mineiro (PT), parlamentares e sociedade civil
organizada debateram pontos específicos da proposta da Coalizão
Democrática, movimento formado por 105 entidades que recolhem
assinaturas para substituir os projetos de reforma política que estão no
Congresso Nacional. Três pontos principais foram discutidos durante a
audiência: financiamento de campanha, reeleição e eleições
proporcionais.
Ao todo, o movimento tem 10 propostas para o projeto de reforma
política, como o fim do financiamento de empresas a campanhas políticas,
o fim da reeleição para o Poder Executivo e as eleições proporcionais
ocorrendo em dois turnos, com o voto dado a partidos e, em segundo
momento, aos candidatos.
Representando o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, o juiz
federal Herval Sampaio fez duras críticas às propostas que tramitam na
Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Para o magistrado, os dois
projetos de reformas não correspondem aos anseios da sociedade e não
contribuem para inibir atos de corrupção dos agentes públicos.
“É uma proposta com desfaçatez mantida nessas duas reformas (Câmara e
Senado). Elas têm com base a manutenção do atual sistema”, criticou o
magistrado, relembrando casos de corrupção com a participação de
empresas que colaboraram em campanhas eleitorais.
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