Em Macau, a 165 quilômetros de Natal, para ir ao circo não se paga
ingresso. O picadeiro é a rua e a plateia é convidada a seguir o
cortejo, atraída pela música: “Mais uma vez os palhaços estão pra rua /
Essa alegria diz que a vida continua / Nossa risada é rá rá rá rá / O
nosso choro é buá buá / O nosso abraço é cá cá cá cá / Venha com a gente
brincar”. Os palhaços que cantam e dançam pela cidade são alunos do 9º
ano da EE Professora Maria Lourdes Bezerra. Com as aulas de Arte de
Emanuel Alves Leite, eles encontraram no mundo circense uma forma de
expressão.
“O circo reúne as artes do corpo, performáticas e visuais, por isso é
importante trabalhá-lo”, diz Ana Mae Barbosa, especialista em Arte
Educação e docente aposentada da Universidade de São Paulo (USP). Para
dar início à sequência didática, os estudantes responderam a um
questionário sobre que representações artísticas havia no município,
quais já tinham visto e o que gostariam de aprender.
Eles quiseram saber
sobre o circo, bastante presente na localidade – grupos populares
costumam montar tendas perto da escola. Diante disso, Leite fez uma
revelação: “Sou professor e também o palhaço Lombriga”. Em seguida,
anunciou que eles estudariam o tema.
As primeiras aulas foram dedicadas à contextualização histórica do
circo. Para isso, o educador criou um material de consulta sobre o
assunto para a garotada, já que não havia algo do tipo na escola. Ele
pesquisou imagens e informações em diversas fontes, como no livro
Palhaços, de Mário Fernando Bolognesi (296 págs., Ed. Unesp, tel.
11/3107-2623, 44 reais) e organizou tudo em uma apostila, distribuída em
classe.
fonte:blog do xerife
0 Comentários