O Estado de S. Paulo destaca que, insatisfeito com a perda de
influência na Esplanada, o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), foi o responsável por segurar a ida para do ex-presidente da
Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para o Ministério do Turismo.
Embora a nomeação de Henrique Alves seja considerada certa pelo Palácio
do Planalto, o atual ministro do Turismo, Vinícius Lages (PMDB), é um
afilhado político de Renan, que ainda não deu o aval para a troca.
Deputado federal por onze mandatos consecutivos e derrotado na
eleição para o governo do Rio Grande do Norte no ano passado, Henrique
Alves deve ir para a Esplanada por ser aliado próximo do presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Mas, para colocá-lo no Turismo e
desalojar Lages, Dilma precisa contemplar Calheiros com mais espaço.
O
presidente do Senado e seus aliados do PMDB trabalham para emplacar um
nome no Ministério da Integração Nacional, pasta com grande capilaridade
no Nordeste, mas que hoje é comandada pelo PP, que está enfraquecido
por ser a legenda com o maior número de representantes investigados pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato.
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