Francisco pediu orações pelos 148 estudantes mortos em um ataque a uma universidade africana na quinta-feira.

O papa Francisco celebrou neste domingo (5) a missa de Páscoa, que marca a ressurreição de Cristo para os católicos, em meio à violência mundial em nome da religião.

A celebração aconteceu sob uma forte chuva na esplanada da Basílica de São Pedro, e foi presidida por pontífice de semblante pálido e severo.
O papa pediu o fim da perseguição aos cristãos e implorou pela paz na Síria, Iraque, Líbia, Iêmen e em outros lugares que enfrentam conflitos.

"Pedimos a Jesus que alivie o sofrimento de tantos irmãos nossos perseguidos por causa de seu nome, assim como de todos que padecem injustamente pelas consequências dos conflitos e violência", disse o pontífice em pronunciamento no balcão da basílica de São Pedro, após a missa de Páscoa.
Francisco pediu orações pelos 148 estudantes mortos em um ataque a uma universidade africana na quinta (2). "Que todas as pessoas de boa vontade façam uma oração incessante por aqueles que perderam sua vida, e penso muito especialmente nos jovens assassinados na Universidade de Garissa, no Quênia."


O papa mencionou o entendimento nuclear Estados Unidos e Irã, fechado na semana passada. "Pedimos ao senhor que o acordo seja um passo definitivo para um mundo mais seguro e fraterno."
Como em todos os anos, havia grandes canteiros de flores frescas e de cores vivas. À esquerda do altar, foi colocada uma grande imagem de Cristo.
Os fiéis se amontoaram embaixo de um mar de guarda-chuvas de cores variadas.

Cristãos perseguidos
O papa tem se referido diversas vezes nos últimos meses a uma 'terceira guerra mundial', que se desenvolve 'por partes'.
'Hoje vemos nossos irmãos perseguidos, decapitados e crucificados por sua fé, sob nossos olhos e às vezes com nosso silêncio cúmplice', afirmou o papa na sexta-feira ao final da 'Via Crucis' no Coliseu São Francisco.

Os massacres e o número massivo de refugiados na Síria e no Iraque, o caos na Líbia e na Somália, com repercussões no Quênia, os enfrentamentos civis na República Centro-Africana, os atentados anticristãos em países como Paquistão, a repressão deles na China e na Coreia do Norte: é grande o número de países onde os cristãos se veem ameaçados.

Para o pontífice, a Semana Santa é um momento intenso e desgastante, com duas missas na quinta, o ritual de Paixão na Basílica de São Pedro e a Via Crucis no Coliseu na sexta e no dia seguinte a Vigília Pascal, que dura cerca de duas horas e meia.
fonte:Agencia Brasil