Al Unser Ayslan Silva do Nascimento é acusado de matar torcedor do CRB. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

O homem assassinado na sede de uma torcida organizada do América-RN nesta terça-feira (15), identificado como Al Unser Ayslan Silva do Nascimento, de 24 anos, era suspeito de ter matado um torcedor do CRB, em Maceió, no ano de 2012. A vítima é o alagoano Jônatas Daniel dos Santos, de 24 anos e o homicídio aconteceu durante um confronto entre as torcidas de América-RN e CRB ao final de um jogo pelo Brasileirão Série B. Jônatas foi morto com disparo de arma de fogo.

De acordo com a Polícia Militar, Al Unser Ayslan foi executado nesta terça a tiros dentro do galpão em que fica a sede da torcida organizada da qual fazia parte, no bairro Alecrim, Zona Leste de Natal. A polícia ainda não tem informações sobre como aconteceu o crime, registrado no início da tarde.

Na época do crime pelo qual é suspeito, Ayslan foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e que impossibilitou a defesa da vítima, Jônatas dos Santos.


Unser Ayslan chegou a ser condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato em fevereiro de 2014, entretanto a defesa dele conseguiu anulação da sentença, alegando ausência da mídia gravada durante a sessão.
Homem foi assassinado dentro da sede da torcida (Foto: Heloísa Guimarães/Inter TV Cabugi)
Ele estava preso aguardando nova sentença, porém, em março de 2017, foi solto por um habeas corpus julgado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas, sob determinação de medidas cautelares.
As medidas impostas a Al Unser Ayslan pelo TJAL foram a proibição de acesso ou frequência a estádio e jogos de futebol, recolhimento ao domicílio entre as 22h e as 5h da manhã, bem como durante os dias de domingo, proibição de frequentar quaisquer bares, discotecas, casas noturnas e estabelecimentos semelhantes e o uso de tornozeleira para monitoramento eletrônico.

Júris adiados

Após a anulação da sentença condenatória em 2014, a Justiça de Alagoas marcou para maio deste ano de 2017 um novo júri, que foi adiado porque o juiz John Silas da Silva estava de férias na ocasião. Um novo julgamento ficou agendado para o dia 11 de julho passado, e mais uma vez foi suspenso: o magistrado alegou que estava doente.

Uma nova data foi escolhida para decidir o destino de Al Unser Ayslan: 28 de julho de 2017. Entretanto o juiz mais uma vez não pôde conduzir o júri por motivos de saúde. John Silas da Silva só deve voltar à atividade em setembro.


Fonte:g1rn
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