Ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves Foto:André Coelho/Emerson Souza
Considerada de teor explosivo, a delação
premiada do operador financeiro do PMDB Lúcio Funaro deve complicar, além do
presidente Michel Temer, outros vinte políticos ligados ao deputado cassado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Segundo o jornal O Globo, os principais alvos são os ex-ministros
Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves. Em sua colaboração, Funaro indicou
contas bancárias – que seriam operadas por Cunha e aliados – nas quais teriam
sido depositadas propinas destinadas para os ex-ministros.
Tanto Geddel quanto Henrique estão presos. O primeiro cumpre
prisão domiciliar; já o potiguar está detido preventivamente na Academia de
Polícia Militar, em Natal, desde o dia 6 de junho, por força de mandados de
dois mandados.
Os depoimentos de Funaro incluem relatos de pagamentos, a mando de
Cunha, a para pelo menos dezoito outros políticos, a maioria integrante da
bancada de deputados governistas. O ex-presidente da Câmara teria indicado onde
buscar e de quem receber o dinheiro e para quem os subornos deveriam ser
repassados.
Até terça-feira, 5, o corretor de valores deverá ser interrogado
por um juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF) para informar se sua
delação aconteceu por livre e espontânea vontade ou foi devido a pressões
externas. Se confirmado que não houve irregularidades, a delação deverá ser
homologada ainda na próxima semana.
fonte;agorarn
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