Policiais civis do Rio Grande do Norte se apresentaram na Delegacia
Geral de Polícia, na manhã desta quarta-feira
(03), em Natal, para serem presos. Em assembleia realizada ontem(02), os
policiais decidiram que permanecem trabalhando em regime de plantão, mesmo
diante da possibilidade de serem presos.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Norte considerou o movimento ilegal e determinou a prisão de policiais da ativa
e da reserva que incentivem, promovam ou defendam a greve. A categoria alega
falta de condições psicológicas para realização do trabalho e ainda
impossibilidade de sustento aos familiares.
"Se não
fosse a família, estaria passando fome. Em 11 anos de polícia, nunca imaginei
que eu, como homem da lei, teria que me algemar. Mas estou pronto para ser
preso. Pelo menos na cadeia a gente vai ter o que comer", afirmou o policial
Severino Bezerra, de 52 anos, que atua na delegacia de São Gonçalo do Amarante
e se algemou na sede da Polícia Civil.
Nilton
Arruda, presidente do Sinpol, afirma que os policiais não estão de greve.
"Nós ressaltamos mais uma vez que os policiais não estão em estado de
greve, estão em estado de necessidade. Eles estão cobrando o pagamento dos
salários atrasados para que possam ter condições de se alimentar e de se
deslocar ao trabalho e, então, exercerem suas atividades normalmente",
argumenta.
Por causa da greve, apenas as delegacias de plantão e as regionais
funcionam no estado. A categoria cobra o pagamento dos salários de novembro,
dezembro e do 13º. Os policiais civis estão em greve desde o dia 20 de
dezembro.
fonte:na ficha da policia rn
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