Servidores do Samu reduzem números de ambulâncias nas ruas nesta terça (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Socorristas do Samu que trabalham na região
metropolitana da capital potiguar reduziram o número de ambulâncias disponíveis
para atender a população. O ato, que deve durar até a manhã desta quarta (10),
é um protesto contra o Estado, que está devendo os salários de dezembro e o 13º
ao funcionalismo público. Na saúde, os servidores estão em greve desde o dia 13
de novembro do ano passado.
Segundo o Sindicato dos
Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte, 14 ambulância saem às ruas da
Grande Natal em um dia normal, mas durante o protesto só 4 devem rodar. O
protesto está sendo chamado de 'Apagão'.
Servidores do Hospital Ruy Pereira protestaram em frente da unidade (Foto: Clayton Carvalho/Inter TV Cabugi)
No Laboratório Central de Saúde Pública do Rio
Grande do Norte (Lacem), na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), e
nos hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e Ruy Pereira muitos servidores não
assumiram os postos de trabalho nesta terça, desfacando o atendimento.
"Nos demais hospitais, continuamos com 70% trabalhando, de acordo com a
lei de greve", ressaltou Manoel Egídio, coordenador geral do Sindsaúde.
Além de cobrar o pagamento da
folha, o protesto também é contra a falta de condições de trabalho e
sucateamento das ambulâncias.
Na frente do Hospital Walfredo Gurgel, o maior do RN, servidores da saúde também protestaram (Foto: Ítalo Di Lucena/Inter TV Cabugi)
Em entrevista ao Bom Dia RN, Lucas Ribeiro, socorrista do Samu Metropolitano, falou que
sem dinheiro, os funcionários têm tido dificuldades para chegar ao trabalho e
alguns estão faltando . Os que vão
trabalhar fazem carona solidária para se deslocarem até a sede, que fica em
Macaíba, cidade da Grande Natal.
Em nota, a Secretaria da Saúde Pública (Sesap)
disse que possui um processo em andamento para a aquisição de 10 novas
ambulâncias para o Samu, e que também aguarda a doação, por meio do Ministério
da Saúde, de outros 14 veículos, fato que "está previsto no protocolo de
renovação das frotas dos serviços de atendimento móvel de urgência".
Em relação aos medicamentos
em falta (fato que também é reclamado pelo Sindsaúde), a Sesap disse que
"a maioria dos itens já está empenhada, ou seja, aguardando a entrega
pelos fornecedores".
Por fim, a secretaria
ressalta que "entende as reivindicações feitas pelos servidores e a
necessidade de condições adequadas de trabalho aos que desempenham função tão
importante para a população do Rio Grande do Norte. Por isso tem concentrado
seus esforços na busca pela garantia dos direitos dos servidores no exercício
de suas funções".
fonte:g1rn
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