O deputado
estadual Fernando Mineiro encaminhou ao Tribunal de Contas do Estado ofício
denunciando os prejuízos financeiros que a Mensagem no. 159/2017 do ‘pacote de
maldades’ do governo vai acarretar para o Rio Grande do
Norte. A Mensagem trata do projeto de lei que estabelece condições para
empresas quitarem débitos com os bancos BDRN e Bandern, integrantes do antigo
Sistema Financeiro Estadual e liquidados pelo Banco Central.
Entre as bondades aos devedores incluídas no
projeto, destaca-se o perdão de até 95% dos juros e outros encargos previstos
nos contratos que integram a massa falida dos bancos, hoje administrada pela
EMGERN (Empresa Gestora de Ativos do RN). “Esse projeto joga por terra o
discurso de que a crise exige sacrifícios de todos, usado pelo Governo para tentar
justificar o injustificável. Não é verdade: esse projeto que beneficia os
devedores do estado prova que só os servidores, principalmente os pequenos,
estão pagando a conta da crise”, afirmou Mineiro.
No ofício entregue (foto) ao presidente do TCE/RN,
conselheiro Gilberto Jales, Mineiro denuncia o risco de dano ao Tesouro
Estadual. E pede que o tribunal abra a autêntica ‘caixa preta’ das dívidas com
o extinto SFE, para tornar públicos os nomes dos grandes devedores e os valores
dos quais o governo quer abrir mão, “tanto em seu montante bruto quanto
atualizado, bem como acerca de existência ou não de inscrição na Dívida Ativa,
processos judiciais de cobrança ou execução dos referidos débitos”.
Um ofício idêntico, com pedido de informações e de
suspensão da assinatura de qualquer contrato de renegociação das dívidas, foi encaminhado à
EMGERN, “para que a sociedade possa saber quem são os
beneficiários e de quanto o Governo do Estado quer abrir mão enquanto castiga
os servidores”.
Ministério Público
Mineiro encaminhou ofício
denunciando o caso também ao Ministério Público, com pedido de
“imediata suspensão da qualquer tipo de celebração de acordo, parcelamento ou
benefício fiscal por parte da EMGERN, com vistas a evitar novos prejuízos ao
erário público estadual; ajuizamento das ações devidas pela prática de
improbidade administrativa; e ressarcimento ao erário público estadual de todos
os valores que indevidamente possam vir a causar prejuízos, em decorrência de
atos de negociação da EMGERN e das previsões da mensagem 159/2017, caso sejam
colocadas em práticas.”
O parlamentar solicitou ainda à Mesa Diretora da
Assembleia Legislativa que, diante dos problemas e irregularidades apontados, a
tramitação fosse suspensa e o projeto de lei devolvido ao Executivo. Ele
alertou que a AL correria o risco de referendar uma matéria de legalidade e
moralidade questionadas. O alerta deu resultado: a Comissão de Constituição e
Justiça suspendeu a votação da matéria. “Anistiar esses grandes devedores, como
esse projeto faz na prática, seria o maior escândalo da história do Rio Grande
do Norte”, disse Mineiro.
fonte:site do deputado Mineiro
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