Operação foi realizada pela Força Nacional na manhã deste sábado (3) em Ceará-Mirim (Foto: MP/Divulgação)
Um policial militar do Rio Grande do
Norte foi preso na manhã deste sábado (3) em operação realizada pela Força
Nacional. Segundo o Ministério Público, Erinaldo Ferreira de Oliveira é
suspeito de chefiar uma milícia com atuação em Ceará-Mirim, município da Grande
Natal, responsável por vários assassinatos na cidade.
Em dois dias, 15 pessoas foram assassinadas em Ceará-Mirim, cidade da Grande Natal (Foto: Mirella Lopes/Inter TV Cabugi)
Ainda de acordo com o MP, 'Naldão' assumiu a
chefia da milícia após a morte do sargento PM Jackson Sidney
Botelho, no dia 20 de fevereiro do ano passado, crime ocorrido
lá mesmo, em Ceará-Mirim. As investigações tiveram apoio do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Após a morte do sargento, “o
que se viu foi um verdadeiro e trágico banho de sangue, resultando nas mortes brutais de 12 pessoas em pouco
mais de 48 horas, fato que ganhou grande repercussão regional,
estadual e até em âmbito nacional”, diz a denúncia do MP.
A denúncia detalha o
relatório das investigações e aponta que, dentre os mais de 100 inquéritos
policiais instaurados com o objetivo de apurar os crimes em Ceará-Mirim, 74
possuem a mesma dinâmica criminosa: os executores utilizam motos ou carros,
balaclavas e roupas escuras, efetuam disparos em quantidade excessiva e em
especial na região cervical da vítima, ameaçam as testemunhas presentes e fogem
sem deixar qualquer vestígio.
Ainda segundo as investigações, as informações
obtidas pelo MPRN reforçam que a organização criminosa atua na prestação de
serviços de segurança privada e ainda na “eliminação” de pessoas ditas ou por
eles consideradas como “bandidos”, promovendo aparente sensação de paz social,
“regada pelo assassinato brutal de vários homens e mulheres”.
Além das evidências e
informações obtidas junto às testemunhas sobre a atuação do grupo, a denúncia
também engloba inquérito policial para apurar as circunstâncias do assassinato
de Aluísio Ferreira da Costa Neto e a tentativa de homicídio contra Wgleiby
Barbosa de Góis, fatos ocorridos no dia 3 de agosto de 2017.
O MP também disse que Aluísio
Ferreira era um conhecido integrante do grupo criminoso, sendo um dos supostos
autores da chacina ocorrida na cidade após a morte do sargento Jackson Botelho.
A motivação do crime teria sido queima de arquivo. Além de Erinaldo, outros
cinco homens foram denunciados pelo MPRN por envolvimento com a morte de
Aluísio Ferreira.
Naldão foi denunciado pelos
crimes de homicídio qualificado mediante promessa de recompensa ou por motivo
torpe, com pena 12 a 30 anos de reclusão, podendo ser aumentada em um terço por
ter sido praticada por milícia privada; e de comércio ilegal de arma de fogo,
com plena de reclusão de 4 a 8 anos e multa.
Fonte:g1rn
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