A vereadora Marielle Franco (Psol), 38 anos, foi
assassinada a tiros, por volta de 21h30 desta quarta-feira, no Estácio,
Centro do Rio. O motorista, Anderson Pedro Gomes, 39, que guiava o carro,
também foi morto. Marielle voltava de um evento na Rua dos Inválidos, na Lapa,
quando um carro parou ao lado do veículo de seu motorista na Rua Joaquim
Palhares, próximo ao metrô, e dois bandidos dispararam, fugindo em seguida.
A polícia encontrou mais de nove cápsulas de bala no local. A vereadora
teria sido alvejada por pelo menos cinco tiros na cabeça. O veículo em que
estava ficou com várias marcas na lateral. Ela deixa uma filha de 19 anos.
A assessora da vereadora, que estava ao seu lado no carro, foi atingida
por estilhaços e foi levada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, medicada,
liberada e seguiu, com uma comissão do Psol, para a Delegacia de Homicídios
(DH) da Capital, na Barra.
Policiais militares do 4º BPM (Praça da Harmonia) e
Bombeiros foram acionados e a via foi interditada. A DH fez a perícia e liberou
a rua por volta de 0h20. A principal linha de investigação é de que foi
execução.
Marielle Franco - Divulgação
"É muito chocante, é muito violento. Ela lutava pela paz e pela
Justiça. Tudo indica que não foi assalto. É tudo muito precário e chocante. Em
um momento que o Rio está sob intervenção, uma pessoa da importância da
Marielle sofre esse tipo de violência e barbárie. Vou pedir uma apuração
rigorosa, pois isso não pode ficar no rol dos 90% dos crimes que não são
esclarecidos. Ela fazia parte da Comissão da Câmara que fiscalizava a
intervenção. Não quero ser leviano, mas isso tem que ser apurado com
celeridade. É imprescindível", disse o deputado federal Chico Alencar
(Psol-RJ).
"Infelizmente, ela estava incomodando muito", afirmou uma
liderança do partido de Marielle, que pediu para não ser identificada.
fonte:o dia
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