O Ministério Público da Paraíba (MPPB)
denunciou 13 investigados na ‘Operação Cidade Luz’, deflagrada no último dia 2,
entre eles o prefeito do Município de Patos, Dinaldo Medeiros Wanderley Filho.
Os
integrantes do grupo estão sendo processados por crimes de organização
criminosa, corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos, fraude em
licitação e lavagem de capitais. Um dos pedidos do MPPB foi o afastamento do
prefeito, que foi determinado, nesta terça-feira (14), pelo juiz convocado
Carlos Eduardo Leite Lisboa que está substituindo o desembargador do Tribunal
de Justiça da Paraíba, Carlos Martins Beltrão Filho.
A
denúncia protocolada no Tribunal de Justiça da Paraíba tem mais de 200 páginas
e detalha a atuação do esquema criminoso, que se dividia em quatro núcleos:
político, econômico, setor de licitações e lavagem de capitais.
Assinam o documento o procurador-geral
de Justiça em substituição, Alcides Orlando de Moura Jansen; e os promotores de
Justiça, Alberto Vinícius Cartaxo da Cunha, da Promotoria do Patrimônio Público
de Patos, e Romualdo Tadeu de Araújo Dias e Rafael Lima Linhares, do Grupo de
Atuação Especial Contra o Crime Organizado.
Enriquecimento
da organização criminosa
A
investigação mostrou que, em 10 meses, a organização criminosa obteve um
enriquecimento ilícito de mais de R$ 739 mil, desviados de contratos firmados
com a Prefeitura de Patos, no montante de R$ 1,3 milhão. O Ministério Público
apurou que, no período anterior às eleições de 2016, o então candidato
‘Dinaldinho’ organizou um esquema criminoso para o recebimento de vantagens
ilícitas pagas pelas empresas Enertec e Real Energy, com as quais a Prefeitura
de Patos manteve contrato de iluminação pública, a partir do ano seguinte.
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