Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente
O juiz Sérgio Moro,
em despacho emitido nesta quarta-feira (19), reafirmou mais uma vez que
condenou o ex-presidente Lula sem provas no caso do triplex do Guarujá. Outro
fato curioso da denúncia é que a propina para Lula demorou 6 anos para chegar.
Algo inacreditável. Vale lembrar que somente esta semana Renan Calheiros (MDB)
e Aécio Neves (PSDB) foram inocentados por falta de provas.
Vale
lembrar que Moro já havia anotado em despacho que Lula não é dono do triplex do
Guarujá.Agora, o juiz de Curitiba reafirmou que
não há provas que relacionem os contratos da Petrobrás listados pelo Ministério
Público Federal, ou recursos da empresa estatal, com supostas vantagens que
Lula teria recebido em um apartamento do Guarujá que pertence à Construtora OAS. O MPF também já tinha confirmado textualmente que o
triplex não pertence a Lula.
Segundo a defesa de Lula, a manifestação é
importante porque reforça que a condenação de Moro não tem provas, e está
baseada apenas e exclusivamente no depoimento do co-réu Léo Pinheiro, que teve
redução de pena por acusar Lula. Outro inúmeros depoimentos inocentando Lula
não tiveram valor na sentença.
Diz Moro
no despacho de 19 de Setembro: “Não há prova de que os
recursos obtidos pela OAS com o contrato com a Petrobrás foram especificamente
utilizados para pagamento ao Presidente. Mas isso não
altera o fato provado naqueles autos de que a vantagem indevida foi resultado
de acerto de corrupção em contratos da Petrobrás”. (Veja teto na página
11 do despacho)
Veja mais:Imóveis luxuosos de
Bolsonaro e filhos revelam indícios de lavagem de dinheiro.
A defesa de Lula informa que a única pessoa
que falou isso em todo o processo foi o empreiteiro Léo Pinheiro, depois de
estar preso há mais de um ano pelo próprio Sérgio Moro, e que falou isso em
busca de um acordo para reduzir sua pena.
Os contratos da
Petrobrás listados pelo ministério Público na acusação contra Lula foram
firmados entre 2006 e 2008. Não há nenhum indício nos autos de qualquer relação
de Lula com esses contratos, tanto que Lula foi condenado por “atos de ofício
indeterminados”, ou seja, desconhecidos.
A suposta
“vantagem indevida” que teria sido recebida seria um apartamento no Guarujá que
não é nem nunca foi de Lula. É da própria OAS, onde aconteceram reformas em
2014, pelo menos seis anos após os
contratos listados pelo Ministério Público na acusação e
três anos depois de Lula não ocupar mais nenhum cargo público.
“Lula esteve no tal apartamento uma vez
porque sua família cogitou comprar o imóvel. E não quis comprá-lo. É com essa
farsa que Moro mantém Lula preso e impedido de disputar as eleições”, informou
o site do ex-presidente.
(Carta Campinas com informações de divulgação)
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