Numero de moradores de Rua aumenta no País
A instabilidade política e
econômica na qual o Brasil está afundado desde que depôs a presidenta democraticamente eleita, Dilma Rousseff, tem demonstrado
sua face mais cruel: o aumento da extrema pobreza. Com 13 milhões de
desempregados e as rendas familiares despencando, milhares de brasileiros tem
passado a viver nas ruas, vulneráveis a fome e à violência. É o que mostra uma reportagem publicada nesta terça-feira
(23) pela Carta Capital.
Após viver uma
década de redução sem precedentes na desigualdade, com os governos Lula e Dilma,
o país viu 2 milhões de brasileiros voltarem a extrema pobreza entre 2016 e
2017. Nesse período, o número saltou de 13,5 para 15,2 milhões. Pelo Banco
Mundial, são considerados extremamente pobres aqueles que sobrevivem com menos
de 1,90 dólar por dia. O valor equivale a R$7.
O aumento também atinge os brasileiros que
vivem na linha da pobreza que engloba os que dispõem de apenas R$406 por mês.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, essa parcela da população cresceu
de 52,8 para 54,8 milhões no período entre 2016 e 2017. Nesse grupo, choca
também o percentual de crianças e adolescentes: 43% da população de 0 a 14 anos
vive na pobreza.
Com Lula, o povo brasileiro viveu melhor
Para se ter uma ideia do tamanho do retrocesso, quando Luiz
Inácio Lula da Silva assumiu
a Presidência da República, em 2003, o número de miseráveis no país estava em
26,2 milhões. Em 2011, ano em que transferiu o cargo para Dilma,
a estimativa havia caído para 11,78 mi.
Um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2015, mostra que entre
2004 e 2014 a redução da extrema pobreza no Brasil foi de pelo menos 63%. No
lançamento da nota técnica, o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, André Calixtre, afirmou:
Passamos por um ciclo ininterrupto de transformações
sociais em 10 anos. Todos os dados relacionados às questões sociais têm
apresentado melhora
Número
de moradores de rua explode em todo país
Não é
preciso mergulhar em estudos e dados para perceber a extensão do aumento da
pobreza no país. Os números gritam nas ruas com o aumento daqueles que, sem
abrigo, estão lançados à própria sorte.
A reportagem da Carta
Capital mostra que, em São Paulo, o número
de pessoas em situação de rua foi de 16 mil em 2015 para mais de 25 mil, hoje,
segundo as projeções mais recentes. Deste total, quase mil são crianças.
Essa explosão do total de moradores de rua
não é exclusiva da capital paulistana. A triste realidade também se verifica em
Porto Alegre, Curitiba e Recife – quatro das cinco capitais analisadas pela
reportagem. Somente no Rio de Janeiro houve uma suposta
redução, mas a metodologia que contabiliza o problema social foi modificada
pela gestão de Marcelo Crivella (PRB) – os números são questionados por
assistentes sociais e ativistas da cidade.
Com
desastre econômico, não há perspectiva de melhoras
Por trás desses números está o desastre
econômico do país. Em São Paulo, pela primeira vez, o desemprego ultrapassou
as brigas familiares como principal motivo para as pessoas morarem na rua.
Nesse contexto, as perspectivas para o
futuro não são melhores considerando a total paralisia
econômica do governo de Jair Bolsonaro (PSL). As
projeções para o Produto Interno Bruto (PIB)
deste ano já caiu 20 vezes e chegou a 0,81. Em meio a incompetência, o país
amarga mais de 13 milhões de desempregados.
Como questionou um morador de rua de São
Paulo ouvido pela Carta Capital, “como
pode ser um problema da pessoa se a cada dia tem mais e mais gente na rua?”
Da Redação da
Agência PT de Notícias
com informações da Carta
Capital, IBGE e Ipea
ANUNCIE AQUI LIGUE:
99433-5589. Acesse Email: xuadoagreste@hotmail.com
0 Comentários