Delegacias móveis da Polícia Civil dentro do Complexo de Alcaçuz, em Nísia Floresta, ouvem presos sobre massacre de Alcaçuz — Foto: Polícia Civil/Divulgação.
Cerca de dois anos e meio após o massacre que vitimou 26 presos
dentro da maior penitenciária do Rio Grande do Norte, uma equipe
da Polícia Civil está dentro do Presídio Rogério Coutinho Madruga - conhecida
como pavilhão 5 do complexo de Alcaçuz na manhã desta quarta-feira (17). Desde
segunda-feira (15), a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ouve os
presos sobre a batalha entre facções que aconteceu em janeiro de 2017, para
poder concluir o inquérito do caso. A expectativa é ouvir um total de 266 pessoas.
O
massacre dentro de Alcaçuz foi o mais brutal e sangrento episódio da história
do sistema prisional potiguar. Uma batalha entre facções criminosas rivais
dentro da unidade, que passou vários dias sem controle do Estado. O caso
completou dois anos no dia 14 de janeiro deste ano. Desde então, a
penitenciária - a maior do Rio Grande do Norte - foi reformada e ganhou reforço
na segurança.
Passado
tanto tempo, porém, as investigações ainda não foram concluídas. A expectativa
é concluir essa etapa ouvindo os presos. A polícia não especificou quantos são
classificados como suspeitos. Um total de 57 pessoas foram ouvidos na última
segunda-feira (15), outras 98 nesta terça-feira (16) e o trabalho deve ser
concluído nesta quarta, com 111 oitivas.
Delegacias móveis com quatro equipes Polícia Civil foram enviadas
para o presídio Rogério Coutinho Madruga, conhecido como pavilhão 5 de Alcaçuz.
"Nós ainda não temos o número de suspeitos, porque ainda estamos ouvindo
todos, colhendo as provas, para poder indicar as pessoas responsáveis",
afirmou o delegado Marcus Vinícius, responsável pela investigação.
De
acordo com ele, presos que já tinham sido transferidos para outras unidades do
sistema também foram ouvidos. A expectativa é concluir o inquérito do caso até
agosto.
"Existe
uma coisa no meio (da investigação) que é o motivo de termos levarmos tanto
tempo. Mas isso será esclarecido no final da investigação. Agora, poderia
atrapalhar", afirmou o delegado, sobre os motivos da demora na
investigação do caso.
FONTE:g1rn
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