Lula no caminhão durante comemoração em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC — Foto: Roney Domingos/G1
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na tarde deste
sábado (9) em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, e disse que Jair
Bolsonaro foi eleito para governar para o povo brasileiro e não para os
milicianos do Rio. Lula fez um discurso agressivo e atacou o ministro da
Economia, Paulo Guedes, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro,
o procurador da República Deltan Dallagnol e a Operação Lava Jato.
“Ele
[Bolsonaro] foi eleito. Democraticamente nós aceitamos o resultado da eleição.
Esse cara tem um mandato de 4 anos. Agora, ele foi eleito para governar para o
povo brasileiro, e não para governar para os milicianos do Rio de Janeiro”,
disse Lula.
“Eu
duvido que o Moro durma com a consciência tranquila que eu durmo. Eu duvido que
o tal do Dallagnol durma com a consciência tranquila que eu durmo. Aliás, eu
duvido que o seu Bolsonaro durma com a consciência tranquila que eu durmo. Eu
duvido que o ministro demolidor de sonhos, destruidor de empregos, destruidor
de empresas públicas brasileiras, chamado Guedes, durma com a consciência
tranquila que eu durmo. E eu quero dizer pra eles, eu estou de volta”.
“Eu
poderia ter ido a uma embaixada, eu poderia ter ido a um outro país, mas eu
tomei a decisão de ir lá [ser preso]. Porque eu preciso provar que o juiz Moro
não era juiz, era um canalha que estava me julgando”, disse o ex-presidente.
Lula
foi solto nesta sexta-feira (8) após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
e 580 dias preso. O ex-presidente passou a noite em Curitiba e embarcou em um
avião fretado na manhã deste sábado rumo a São Paulo.
Em São
Bernardo do Campo, estavam presentes Fernando Haddad, Marcelo Freixo, Guilherme
Boulos, Gleisi Hoffmann e outras lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT).
A fala do ex-presidente durou cerca de 1 hora. Lula disse que o Brasil já foi
“respeitado no mundo inteiro”.
“Não
adianta ficar preocupado com as ameaças que eles fazem na televisão. Que vai
ter miliciano, que vai ter o AI-5 outra vez. A gente tem que ter a seguinte
decisão: esse país é de 210 milhões de habitantes e a gente não pode permitir
que os milicianos acabem com esse país que nós construímos”, disse em ataque ao
governo de Jair Bolsonaro.
“Se as pessoas tiverem onde trabalhar, se as pessoas tiverem salário, se as pessoas tiverem onde estudar, se as pessoas tiverem acesso à cultura, a violência vai cair. Nós temos que dizer contra a distribuição de armas do Bolsonaro. Nós vamos distribuir livros”.
fonte;g1
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