O governo de Jair Bolsonaro anunciou nesta semana a segunda revisão de
projeção para o valor do salário mínimo, hoje em R$ 998,00. Em agosto deste ano
a equipe econômica comandada pelo ministro da Economia, o banqueiro Paulo
Guedes, já havia anunciado uma redução de R$ 1.040,00 para R$ 1.039,00. Agora,
anuncia nova revisão para R$ 1.030,00. Já são R$ 10,00 que o governo Bolsonaro
tira do bolso dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Com a medida, o
governo também vai diminuir os reajustes dos benefícios assistenciais,
previdenciários, além do abono salarial e do seguro-desemprego, baseados no
piso salarial do país.
Paulo Guedes
sempre deixou claro que defende que o salário mínimo seja corrigido apenas pela
inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC ) e não
mais pela Política de
Valorização do Salário Mínimo, bandeira da CUT,
iniciada no governo Lula em 2004 e mantida por Dilma Rousseff. Até Bolsonaro
assumir o poder, o salário mínimo era reajustado pela inflação medida pelo INPC
mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Teto dos Gastos Públicos
Desde que o
golpista Michel Temer (MDB/SP) conseguiu aprovar no Congresso Nacional a Emenda
Constitucional (EC) nº 95, que limita os gastos públicos por 20 anos, os
governos pós-golpe de 2016, tentam fechar as contas sem estourar o teto, mas
colocam a conta nas costas da classe trabalhadora.
A projeção do
governo Bolsonaro é economizar R$ 5,2 bilhões no Orçamento de 2020, com a
revisão para baixo do salário mínimo, para manter as contas dentro do que limita
a EC 95.
A proposta já
foi encaminhada ao Congresso, que terá a decisão final se o reajuste do salário
mínimo perderá poder de ganho como quer o banqueiro Paulo Guedes.
fonte:cut do Brasil
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