O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) vai entregar a peça de
impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ao
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na próxima
segunda-feira (02/03/2020), na Residência Oficial do parlamentar. O documento
está sendo elaborado, segundo ele relata, por uma junta de advogados a pedido
do ex-aliado de Bolsonaro, que só vai decidir se vai apresentá-lo ou não quando
Maia der a última palavra.
“Todos
os procedimentos e cuidados estão sendo tomados para uma peça irretocável com
conteúdo imbatível. Estou fazendo meu trabalho pela democracia e defendendo o
Congresso Nacional. Vou deixar nas mãos do maestro Rodrigo Maia. Sei do momento
importante, sei da crise aberta institucional. É um [pedido de] impeachment
jurídico e político. [Do lado] jurídico, estamos seguros de que a peça é forte,
pelos profissionais envolvidos. Politicamente, deixo com Maia”, explicou.
A
iniciativa de Frota surgiu após Bolsonaro enviar em grupos de WhatsApp vídeos
convocando a população para ir às ruas no próximo 15 de março em ato que está
sendo entendido como uma manifestação contra o Congresso Nacional e a favor do
governo.
“Estou ouvindo muito as ponderações e conselhos do líder [do PSDB] Carlos
Sampaio (SP) e do meu presidente, Bruno Araújo. Estou ciente, seguro e no meu
direito”, completou o deputado. E
acrescentou: “Fernando Henrique Cardoso disse em sua postagem que
alguém precisa gritar. Eu escolhi gritar pela democracia”.
Frota afirmou que vai entrar com um pedido para convocar o ministro do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general Augusto
Heleno, para “apontar quem são os chantagistas” que estão contra o Parlamento.
Heleno foi pego, em uma gravação ao vivo da Presidência, dizendo que eles não
podem aceitar “chantagens” do Congresso e pregou um “foda-se” a eles.
“Falar é
fácil. E vamos aguardar quem vai fechar o Congresso?”, cutucou. Na
quinta-feira (27/02/2020), o Metrópoles mostrou que Frota aguardaria um
posicionamento de Maia, que também tem sido alvo de críticas do clã
bolsonarista, para ir adiante com a peça.
À
reportagem, o deputado classificou o apoio à eleição de Bolsonaro ao Palácio do
Planalto como um “erro” e pediu “desculpas ao Brasil”. Ao criticar frequentes
posicionamentos contrários do ex-aliado ao Congresso Nacional, Frota afirmou
que o presidente “quer encontrar inimigo onde não tem”. “Sou culpado
também de ter colocado Bolsonaro como presidente. Eu errei, confesso. Peço
desculpas ao Brasil.”
Fonte :Metrópoles
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