O Ministério
Público do Rio Grande do Norte (MPRN), com o apoio do CyberGaeco do Ministério
Público de São Paulo e da Polícia Civil de São Paulo, deflagrou nesta
quinta-feira (2) a operação Ganância. O objetivo é combater a prática de
aumento abusivo no preço de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
utilizados por profissionais de saúde no combate à Covid-19.
O reajuste
no valor de uma máscara descartável chega a
14.733,33%. A operação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nas cidades
potiguares de Natal, Parelhas e Ouro Branco, e ainda no Estado de São Paulo, na
cidade de São Caetano do Sul. A Polícia Civil paulista, através da 2ª Delegacia
de Investigações sobre Infrações contra o Consumidor do Departamento de Polícia
de Proteção à Cidadania (DPPC), auxiliou no cumprimento das ordens judiciais.
Foram apreendidos EPIs e álcool em gel, notas fiscais, computadores
e aparelhos de telefone celular.
A apuração do crime teve
início no final do mês passado, quando uma Prefeitura da Grande Natal procurou
o empresário investigado e pediu o orçamento de máscaras descartáveis,
equipamento de proteção essencial às atividades dos profissionais de saúde
durante a pandemia do coronavírus.
Na conversa
feita através do aplicativo Whatsapp, o empresário investigado informou ter 60
milhões de unidades das máscaras em estoque. O preço até recentemente praticado
no mercado pelo equipamento era de R$ 0,06 a R$ 0,10 a unidade. Todavia, no
diálogo mantido pelo aplicativo, ele cobrou, por cada máscara, os valores de R$
5,90 (pagamento antecipado); R$ 7,90 (pagamento na fatura); e R$ 8,90 (para o
caso de 60% no pedido e 40% na entrega). Respectivamente, esses reajustes são
de 9.733,33%, 13.066,66% e 14.733,33%.
Diante da
cobrança abusiva, servidores da Prefeitura procuraram o MPRN e denunciaram o
crime. As investigações confirmaram que o empresário continua aumentando
arbitrariamente o lucro e impondo preços absurdos e excessivos, além de segurar
os equipamentos em estoque.
fonte:plantão policial
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