Prefeitura da capital prepara cemitérios da periferia em meio à pandemia — Foto: Reprodução/TV Globo
Cerca de 13 retroescavadeiras começaram a trabalhar na abertura de sepulturas extras neste sábado (18) no cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep), que representa os trabalhadores do Serviço Funerário Municipal. A ação também foi registrada por câmeras aéreas no Cemitério do Jardim São Luiz, na Zona Sul.

De acordo com o Sindsep, os cemitérios públicos de SP trabalhavam anteriormente com o auxílio de apenas quatro máquinas, que eram usadas em todos os cemitérios. Mas neste sábado recebeu um lote extra de veículos, a fim de atender o aumento da demanda de sepultamentos após a pandemia de coronavírus na capital paulista.
O sindicato afirma que ao menos 300 covas foram abertas neste sábado por essas máquinas durante o sábado.
Funcionários do Jardim São Luiz afirmam que não faltam equipamentos de proteção para os funcionários e que todo sepultamento de casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 são feitos com proteção e sem velório.

Retroesvadeiras trabalham na abertura de sepulturas no cemitério da Vila Formosa, Zona Leste de São Paulo. — Foto: Divulgação/Sindsep
Plano do serviço funerário
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria das Subprefeituras, informou, por meio de nota, que a ação no cemitério de Vila Formosa faz parte do “Plano de Contingência do Serviço Funerário, que será detalhado nos próximos dias”.
Na quarta-feira (15), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, assinou um decreto criando o Comitê Intersecretarial de Contingência Funerária, que vai administrar o chamado “Plano de Contingência do Serviço Funerário” da cidade durante a pandemia do coronavírus.
Segundo o prefeito, a criação do grupo é uma medida emergencial que serve para planejar, propor, acompanhar e articular as ações relativas aos procedimentos preparatórios para realização dos funerais decorrentes de óbitos pela Covid-19 na cidade.
“Vamos fazer tudo o que for possível para que não termos em São Paulo as cenas lamentáveis que vimos pelo mundo. Do Equador a Nova York, a questão do enterro dos mortos vítimas desta pandemia tem sido um desafio. Queremos estar preparados e organizados para minimizar a dor das famílias e garantir, dentro das limitações que o momento impõe, que as pessoas possam ter um sepultamento digno e organizado”, afirmou o prefeito.
O comitê é composto por membros das secretarias municipais de Governo, Segurança Urbana, Saúde, Justiça e das Subprefeituras, que atualmente é responsável pelo Serviço Funerário da capital paulista.
“A intenção é que cada pasta passe a colaborar com o Serviço Funerário Municipal, facilitando as decisões, além de garantir mais agilidade aos processos e organizar toda a sua estrutura”, afirmou um comunicado emitido pela Prefeitura de São Paulo.

Sepulturas abertas nesta sábado (18) no cemitério da Vila Formosa, Zona Leste de São Paulo. — Foto: Divulgação/Sindsep
Cemitério São Luiz
Para alertar e incentivar as pessoas a ficarem em casa, o cineasta João Wainer fez um vídeo que viralizou nas redes sociais, mostrando a situação no Cemitério São Luiz, na Zona Sul de São Paulo, onde várias sepulturas também foram abertas para atender óbitos pela Covid-19.
As imagens do vídeo foram feitas com drone na quarta-feira (15) e a narração do vídeo ficou por conta de um morador do bairro, o rapper Cocão.
“Proteja a sua vida. Cuide dos seus. Evite ao máximo sair de casa. Proteja-se, proteja-se”, afirma o narrador.
 fonte:Por G1 SP e TV Globo, São Paulo

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