José Aldenir / Agora RN Ex-governador Robinson Faria
O Ministério Público do Rio Grande
do Norte (MPRN) denunciou dois ex-presidentes da Assembleia Legislativa
potiguar, um advogado e outras três pessoas pelo crime de peculato. O esquema
fraudulento que eles esquematizaram desviou pelo menos R$ 1.144.529,45 entre os
meses fevereiro de 2006 e março de 2016 da Casa Legislativa.
Duas outras pessoas também foram denunciadas por
falso testemunho. A denúncia já foi recebida pela Justiça e todas as oito
pessoas denunciadas são rés em processo. Na denúncia, o MPRN aponta que o
advogado Erick Wilson Pereira, com a determinante concorrência dos
ex-presidentes da Assembleia Robinson Mesquita de Faria e Ricardo José
Meirelles Motta, de forma reiterada, desviou, o montante atualizado de R$
1.144.529,45.
O dinheiro desviado era usado em proveito próprio
do advogado e também repassado a um tio dele, Wilson Antônio Pereira, que
também é denunciado pelo MPRN. O crime de peculato foi consumado por meio
da inserção fraudulenta dos acusados Damião Vital de Almeida, empregado doméstico
de Erick Pereira, e Aloísia Maria Mitterer, mulher do tio do advogado, na folha
de pagamento da Assembleia. Pelo que foi apurado pelo MPRN, Damião Vital
recebeu recursos da Assembleia Legislativa do mês fevereiro de 2006 até outubro
de 2009.
Em seguida, como forma de perpetuar os desvios, ele
foi substituído na folha de pagamento por Aloísia Mitterer, que recebeu
salários, de forma ininterrupta, no período de novembro de 2009 até março de
2016. Os dois receberam salários como servidores da Casa Legislativa sem nunca
terem trabalhado lá. Aloísia Mitterer, tia de Erick Pereira, mora e trabalha na
cidade do Rio de Janeiro.
Além dessas seis pessoas, também foram denunciadas
pelo MPRN Adelson Freitas dos Reis e Francisco Pereira dos Santos Júnior. Eles
respondem pelo crime de falso testemunho, uma vez que há provas que depuseram
apresentando versões falsas durante as investigações do Ministério Público do
Rio Grande do Norte.
Na denúncia, o MPRN relembra a operação Dama de
Espadas, deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte em 2015 com
o fim de desarticular uma organização criminosa instalada no seio da Assembleia
Legislativa potiguar. Segundo narrado na operação Dama de Espadas, o
esquema engendrado pela organização criminosa chefiada inicialmente pelo
ex-presidente Robinson Faria e sucedida pelo também ex-presidente Ricardo Motta
era integrada por vários outros servidores da Assembleia Legislativa, que
inseriam fraudulentamente pessoas na folha de pagamento do Legislativo
Estadual, com a finalidade de desviar recursos públicos em benefício do próprio
presidente da ALRN, de alguns deputados estaduais e de servidores graduados da
Casa Legislativa.
Na denúncia, o MPRN destaca que as inúmeras
ilicitudes ocorreram ininterruptamente por quase uma década e que não há provas
capazes de indicar a participação de outros deputados que ocuparam o cargo de
presidente do Legislativo, de forma que apenas os ex-deputados e ex-presidentes
da Assembleia Robinson Faria e Ricardo Motta devem responder pelos crimes de
peculato neste caso específico.
Ao apresentar a denúncia, o MPRN requereu a fixação
de R$ 1.144.529,45 como valor mínimo para reparação dos danos causados pela
infração, a ser revertido em favor do Estado do Rio Grande do Norte. O
MPRN também pede que os réus sejam condenados a pagar indenização no mesmo valor
por danos morais coletivos pois os prejuízos decorrentes dos peculatos afetaram
a credibilidade do Poder Legislativo Potiguar e diminuíram a confiança da
população em seus representantes legitimamente eleitos.
fonte:agora rn
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