Serpente píton albina — Foto: PMRN/Divulgação
A Companhia de Proteção Ambiental da Polícia Militar (Cipam/PM)
apreendeu cinco cobras em duas ocorrências diferentes em Natal e no interior,
na cidade de Lagoa de Velhos, na Borborema potiguar. As operações ocorreram
entre a tarde e a noite de segunda-feira (13).
Por
volta das 15h, os policiais receberam uma denúncia de que um homem estaria
criando irregularmente animais silvestres em casa, no bairro Alecrim, Zona
Leste de Natal. No local, a Cipam encontrou duas serpentes: uma jiboia e uma
píton albina. Os animais foram levados para a Delegacia Especializada em Defesa
ao Meio Ambiente (Deprema).
A píton só é encontrada no Brasil quando
criada em cativeiro, isso porque sua origem é asiática e só pode pertencer a
alguém sob autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama). A espécie, que não é venenosa, também pode ser
encontrada em regiões pantanosas da Europa.
O criador não tinha autorização para criar o animal. Como a cobra é
exótica, ou seja, não faz parte da nossa fauna, ela não pode ser solta na natureza.
O caso será investigado pela Polícia Civil para tentar identificar a origem do
bicho.
"O
perigo de criar animais exóticos, não só serpentes, é que esse animal não está
habituado com a fauna local. Então, por isso, ele vai tentar se adaptar. Nessa
tentativa de adaptação ele poderá agredir outros animais - que em teoria não
teriam predadores - para manter a alimentação, o que gera um desequilíbrio em
cadeia no nosso ecossistema", explicou o médico veterinário Nailson
Carvalho, que também é presidente da comissão de animais silvestres do Conselho
Regional de Medicina Veterinária (CRMV/RN).
Já em
Lagoa de Velhos, a polícia apreendeu outras três cobras da espécie jararaca que
ficaram sob cuidados da polícia ambiental. Os animais silvestres resgatados
foram encaminhados para avaliação veterinária e estão em posse do Ibama.
Os
dois responsáveis pelas cobras foram conduzidos para a delegacia, onde
assinaram um Termo de Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados.
Jararacas foram levadas para o Ibama — Foto: PMRN/Reprodução
Lei ambiental
Tirar um animal selvagem (ou silvestre) de seu habitat prejudica a
ele, aos animais que dependem dele e ao equilíbrio do ecossistema. Por isso, a
Lei de Crimes Ambientais proíbe a captura, venda e também a aquisição de
animais selvagens sem a devida permissão do Ibama. A venda ou a guarda
irregular de animais silvestres pode ser denunciada gratuitamente pela Linha
Verde do Ibama: 0800 61 8080.
A polícia ambiental orienta que qualquer pessoa que encontre um
animal silvestre, como a cobra jararaca, por exemplo, jamais deva tentar capturá-lo,
machucá-lo ou matá-lo. A Cipam deve ser acionada por meio do 190.
Criação
irregular de animais silvestres
Há uma semana, no dia 7 de julho, um estudante de medicina
veterinária, morador do Distrito Federal, foi picado por uma cobra da espécie
naja, considerada uma das mais venenosas do mundo. Assim
como a píton albina, a naja é uma espécie exótica e não pertence a fauna
brasileira.
O
Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) informou que abriu um inquérito para
investigar Pedro Henrique Krambeck,
de 22 anos que criava a naja em casa. Ele é suspeito de tráfico de animais. A
polícia apreendeu outras 16 cobras que pertenceriam ao estudante.
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