Aumento dos preços das carnes, cinemas com pipoca mais cara e até
festa junina sem pamonha. Longe de ser utopia, esses são alguns problemas reais
que minúsculos inimigos, que dificilmente ultrapassam 3 cm de tamanho, podem
causar às plantações de milho, a segunda maior cultura agrícola do país.
"A redução da oferta causada por lagartas elevaria o custo não somente do
grão, mas também de bovinos, aves e porcos, que se alimentam da ração derivada
do milho. Com isso, estaria em risco um dos mais importantes itens da cesta
básica.
O prejuízo não seria apenas dos agricultores, mas de toda a
população", explica Julio Borges, presidente do Sindicato Nacional da
Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).
Quatro pequenos insetos, que
pesam quase o mesmo que uma folha de papel, são responsáveis pelos maiores
prejuízos à lavoura de milho: a lagarta elasmo, a lagarta das folhas, a larva
alfinete e, a mais comum, a lagarta do cartucho.
Estudos mostram que apenas
esta última praga pode causar prejuízos médios de 20% à produtividade, já tendo
alcançado 40% de perda de produção em algumas regiões. "O aumento da
infestação dessas pragas no campo gera inflação do preço de todos os produtos
derivados desta cultura e impacta diretamente a produção de ração animal, que é
o principal derivado do milho hoje", complementa Eliane Kay, diretora
executiva do Sindiveg.
O Brasil produz anualmente
cerca de 100 milhões de toneladas de milho. Se perdesse 20% de sua safra para o
ataque de lagartas, seriam 20 milhões de toneladas a menos por ano, ou seja,
peso equivalente a 22 milhões de carros populares.
Em valor, o prejuízo
superaria R$ 750 milhões. Essa conta seria repassada para outros setores, como
o de proteínas animais e também a soja, outro grão utilizado na alimentação dos
animais no país, chegando aos consumidores finais na forma de preços das carnes
mais elevados.
A proteção do milho contra as
lagartas exige o uso de defensivos agrícolas. Os inseticidas são essenciais para
acabar com as infestações de insetos prejudiciais às lavouras, como a lagarta
das folhas, que pode depositar até 1.000 ovos, ou a lagarta do cartucho, que
chega a depositar até 100 ovos de uma única vez.
Como o desenvolvimento dessas
pragas é rápido, em pouco tempo elas se disseminam pela plantação de milho, o
que é uma preocupação durante todo o ciclo de cultivo, já que atacam em
diversos momentos do desenvolvimento da cultura: desde o início do plantio –
como a lagarta elasmo – até a hora da colheita – caso da larva alfinete.
" Os defensivos agrícolas
disponíveis no mercado brasileiro passam por um rigoroso processo até sua
liberação e comercialização. São anos de testes para comprovar sua segurança,
tanto para quem aplica quanto para quem consome os alimentos e, também, para o
meio ambiente, além de possuírem eficiência cientificamente comprovada.
Eles
precisam ser usados como recomendado pelos fabricantes em bula e, assim,
cumprir sua função para garantir o acesso de todos aos alimentos", salienta
Eliane. "O sucesso da produção de alimentos de maneira correta e segura é
essencial para que não falte comida na mesa da população do País",
finaliza a diretora executiva do Sindiveg.
Confira no site do Sindiveg (www.sindiveg.org.br)
mais informações sobre essas pragas e demais desafios da cultura do milho e das
principais culturas brasileiras.
Sobre
o Sindiveg
O Sindicato Nacional da
Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) representa a indústria de
produtos para defesa vegetal no Brasil há 79 anos. Reúne 26 associadas,
distribuídas pelos diversos Estados do País, o que representa aproximadamente
40% do setor. Com o objetivo de defender, proteger e fomentar o setor, o
Sindiveg atua junto aos órgãos governamentais e entidades de classe da
indústria e do agronegócio pelo benefício da cadeia nacional de produção de
alimentos e matérias-primas.
Entre suas principais atribuições estão as
relações institucionais, com foco em um marco regulatório previsível,
transparente e baseado em ciência, e a representação legitima do setor com base
em dados econômicos e informações estatísticas.
A entidade também atua em prol
do fortalecimento e da valorização da comunicação e da imagem do setor, assim
como promove o uso correto e seguro dos defensivos agrícolas. Para mais
informações, acesse www.sindiveg.org.br.
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99433-5589. Acesse Email: xuadoagreste@hotmail.com
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