O Senado argentino aprovou na madrugada
desta quarta-feira o projeto de lei de legalização do aborto nas primeiras 14
semanas de gestação.
A proposta, que havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados em 11 de
dezembro, obteve 38 votos a favor, 29 contra e uma abstenção.
Até agora, a Argentina tinha
uma das legislações mais restritivas da região sobre o aborto — a interrupção
da gravidez só era permitida em casos de estupro ou quando a saúde da mãe
estava em risco (permissões semelhante às da lei brasileira).
A votação parlamentar se
estendeu pela madrugada, enquanto manifestantes a favor e contra a legalização
protestavam em frente ao Congresso, em Buenos Aires.
A proposta tem o apoio do
governo do presidente Alberto Fernández, que fez da legalização do aborto uma
das promessas de sua campanha eleitoral em 2019.
"O aborto seguro, legal e
gratuito é lei. Foi o que prometi durante a campanha eleitoral", escreveu
o presidente em sua conta oficial no Twitter após a votação no Senado.
Há dois anos, em 2018, o
projeto passou na Câmara, mas foi rejeitado no Senado, durante a gestão do
ex-presidente Mauricio Macri, opositor de Fernández.
Fonte: BB News Brasil
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