O Rio Grande do Norte
teve 1 mil mortes confirmadas por Covid-19 em um período menor que um mês.
Nesta quinta-feira (15), o estado chegou aos 5 mil óbitos pela doença desde
o início da pandemia e apenas 29
dias depois de atingir as 4 mil
mortes, no
dia 17 de março.
O
levantamento foi feito pelo G1, com base nos dados dos
boletins epidemiológicos da doença.
Uma
dessas 1 mil vítimas nestes 29 dias foi o
jornalista Francileno Góis, de
50 anos, que não resistiu às complicações da Covid-19 e morreu
no município de Pau dos Ferros, na região Alto Oeste do estado, depois de 10
dias internado.
Esse é o menor intervalo de tempo para a
confirmação de mil mortes no estado nesses 14 meses de pandemia. Anteriormente, o menor período havia sido de 43
dias, quando o estado pulou das primeiras 1
mil mortes registradas, em 30 de junho, para
as 2 mil, em 11 de agosto.
"Hoje
o que nós temos é uma previsão para abril que continue tendo essas 20, 25
pessoas (vítimas da Covid-19) todos os dias. Nós temos aí uma quinzena dura em
abril, se o sistema continuar do mesmo jeito", explicou o professor do
Departamento de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
José Dias do Nascimento.
O
maior espaçamento registrado aconteceu entre 11 de agosto e 3 de janeiro,
quando se passaram 187 dias para o estado
avançar de 2 mil para 3
mil mortes.
Depois
disso, o ritmo de contaminação aumentou, segundo os especialistas, além do aparecimento de
duas variantes do coronavírus no estado. Com mais casos sendo
confirmados, subiram também os casos graves, que levam à morte.
● Dias: 187
Fonte: Sesap
Em todo o ano de
2020, o Rio Grande do Norte confirmou 2.993 mortes. Apenas de janeiro ao dia 15 de abril de 2021, pouco mais de quatro
meses, já foram 2.026 mortes. O último mês de março fechou
como mês mais letal de toda a pandemia, totalizando 922 óbitos.
Além das mortes
confirmadas, o boletim epidemiológico mais recente informou que há outras 1.007 mortes ainda em investigação para
saber se ocorreram ou não por Covid-19. Essas mortes são analisadas
pelas vigilâncias sanitárias do estado e dos municípios. Algumas delas dependem
do apoio do Laboratório Central de Saúde Pública do RN(Lacen-RN), que
atualmente está sobrecarregado.
"O alerta que
fica aqui é que se continuarmos com o mesmo tipo de decreto,
de vida que todos estão levando, sem vacina, essa vai ser a cadência pros
próximos 15 dias", explicou o professor José Dias do Nascimento.
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