Patu, município do Alto Oeste potiguar — Foto: Prefeitura de Patu Após reunião com prefeituras, o governo do Rio Grande do Norte decidiu n...
Patu, município do Alto Oeste potiguar — Foto: Prefeitura de Patu
Após reunião com
prefeituras, o governo do Rio Grande do Norte decidiu não renovar os decretos
regionalizados que abrangiam municípios do Vale do Açu, Região Central e Alto
Oeste potiguar.
Os decretos
regionais tinham validade até esta segunda-feira (14) e não foram renovados. De
acordo com o governo, os municípios agora deverão seguir o decreto geral do
estado, que tem medidas menos restritivas.
Ainda segundo o
governo, a decisão ocorreu por causa de um "quadro epidemiológico em
estabilidade, demanda por leitos covid em queda e taxa estadual de ocupação de
UTIs abaixo de 90%".
Desde o último fim
de semana, o estado "zerou"
a fila de espera por leitos críticos de Covid-19, com fila de
espera por UTI menor que a quantidade de leitos disponíveis.
Com o fim da
vigência dos decretos regionalizados passam a valer as medidas contidas
no decreto estadual geral,
que vale até 23 de junho.
·
O toque de recolher ocorre das 22h às 5h, inclusive
aos domingos e feriados.
·
Aulas em formato híbrido ficam permitidas na
educação básico.
·
Também fica permitida abertura das igrejas, templos
e espaços religiosos, inclusive com atividades coletivas, com até 30% da
capacidade.
·
Restaurantes e outros estabelecimentos de
alimentação podem funcionar até as 22 horas, com 60 minutos de tolerância para
encerramento das atividades presenciais.
·
Salões de beleza, barbearias, academias de
ginástica, box de crossfit, estúdios de pilates e afins também podem funcionar,
desde que respeitados horários e protocolos sanitários.
O decreto para o
Vale do Açu, anunciado em 25 de maio, determinava fechamento de
atividades não essenciais, proibia venda de bebidas alcoólicas,
e implantava toque de recolher integral, de 24 horas, aos domingos e feriados,
e das 20h às 6h nos demais dias da semana. Com vigência inicial até 6 de junho,
ele foi estendido até esta segunda (14).
O primeiro decreto
regionalizado do estado havia sido anunciado no dia 21 de maio e já apontava as mesmas
restrições aos municípios do Alto Oeste.
Na reunião desta
segunda-feira (14), conduzida pelo secretário de Gestão de Projetos e Metas de
Governo e Relações Institucionais, Fernando Mineiro, ficou acertado que caberá
a cada prefeito a edição de atos normativos mais rígidos, caso considere
necessários, em função das especificidades locais.
"Os decretos
regionalizados foram uma boa experiência, ajudaram a conter a demanda por
leitos depois de uma longa batalha. Esperamos que a situação continue melhorando
para que não seja necessário dar um passo atrás", disse o secretário.
"Foi uma
experiência dura, que tivemos a coragem de fazer, mas muito exitosa",
considerou o presidente da Associação dos Municípios da Região Central e Vale
do Açu Potiguar, Reno Marinho.
A subsecretária de
Gestão de Planejamento da Secretaria Estadual de Saúde, Lyane Ramalho, alertou
que a população precisa seguir com distanciamento e uso de máscara.
"A melhoria
[dos indicadores] não dá, às pessoas, o direito de fazerem festas e promoverem
aglomerações porque isso termina se refletido 15 dias depois. Esse é o desafio
daqui pra frente", disse.
Na Central de
Regulação do Oeste, para onde são levados os pacientes desses municípios, a
média de solicitações de leitos covid caiu de 60, no final de maio, para 31
nesta segunda-feira (14), segundo a plataforma Regula RN. Também houve redução
na fila de espera por leitos.
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