Vítimas da Covid — Foto: Bruno Kelly/Reuters
O programa de
auxílio social para filhos que perderam seus pais para a Covid-19 pode
beneficiar pelo menos 600 pessoas no Rio Grande do Norte.
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Governadores
do Nordeste aprovam auxílio de R$ 500 para órfãos da pandemia da Covid-19
A projeção foi
confirmada pela governadora Fátima Bezerra na tarde desta terça-feira (20)
durante evento de posse no Conselho Estadual de Assistência Social.
A medida foi
aprovada por governadores do Nordeste na segunda-feira (19), durante uma reunião virtual do
Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio
Nordeste).
O projeto,
denominado de "Nordeste Acolhe", prevê o pagamento de R$ 500 para
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social que ficaram
órfãos na pandemia. O auxílio será pago até a maioridade deles.
A previsão é que o
projeto seja encaminhado às Assembleias Legislativas de cada estado no mês de
agosto. Além do RN, o programa também deve ser adotado pelos demais estados
nordestinos.
"Isso é uma
ação do estado, que tem a obrigação de fazer. Não vai trazer a 'mãezinha' ou o
'paizinho' de volta. Mas é uma forma do estado amparar um pouco essas crianças
e reduzir o impacto dessas mortes, desses traumas que com certeza ficaram na
vida dessas crianças", disse a governadora Fátima Bezerra.
Segundo a
governadora, a medida é válida para crianças que perderam pai e mãe (um dos
dois) e também ambos para a Covid-19.
"Essas crianças
de vulnerabilidade social, as pobres, são elas que vão receber um auxílio
social no valor de R$ 500 até completar a maioridade".
Auxílio
bem-vindo
A potiguar Ana
Karine, de 36 anos, morreu no início deste ano deixando cinco filhos -
uma recém-nascida, que ela sequer conheceu: Angelina, de quatro meses. Os
outros quatro são: Karol, de 19 anos, Judson, de 12, Maicossuel, de 9, e
Miguel, de 6.
O pai hoje cuida
sozinho das crianças e ainda busca conciliar os trabalhos como motoboy, que
atualmente estão mais raros por conta da pandemia.
"Depois de
quase 4 meses da perda de minha esposa, tem sido bem difícil, fiquei com os
filhos pra cuidar. Tenho tido ajuda de familiares, graças a Deus. Com essa
pandemia, tudo fechou, empregos se extinguiram, ficou difícil pra todo mundo.
Não só pra mim, que sou motoboy", disse José Janildo Jales Carneiro, de 41
anos.
Mesmo sem saber se
ainda se enquadra no auxílio, ele diz que essa iniciativa traz esperança para
as famílias que estão passando por essa situação. "Depois que fiquei
sabendo da possibilidade da vinda desse auxílio, trouxe um pouco de esperança
pra nós", falou.
fonte:g1rn
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