Crédito
da Foto: Eduado Maia
Durante
a Sessão Ordinária desta quinta-feira (2), na Assembleia Legislativa, as
lideranças partidárias destacaram, dentre outros assuntos, medidas do governo
em setores da sociedade, como Segurança, Educação e Saúde. Além disso,
celebraram o Dia Municipal do Bairro das Rocas, que é comemorado em 3 de
setembro.
Iniciando os pronunciamentos, Tomba Farias (PSDB) rebateu críticas acerca do
seu discurso da última terça-feira (31), também na Sessão Ordinária, a respeito
de ações do governo estadual. “Na manhã de terça-feira, eu fiz um discurso aqui
na Casa sobre a atual situação do Governo do RN, abordando uns 12 itens. E eu
queria que a população, os colegas deputados e os prefeitos do interior me
digam qual foi a inverdade que eu disse”, iniciou.
De acordo com Tomba, ele falou que o Hospital Walfredo Gurgel não possui fios
de sutura nem tubos para aplicar anestesias, além de haver caos e filas grandes
de espera. Ainda segundo o parlamentar, ele não fala daquilo que não tem
conhecimento.
Na sequência, Ubaldo Fernandes (PL) utilizou seu horário para celebrar o
aniversário do bairro das Rocas, onde iniciou sua trajetória política e vive
até hoje.
“Eu quero fazer uma homenagem, de forma orgulhosa e feliz, ao meu querido
bairro. Amanhã, dia 3 de setembro, comemora-se o Dia Municipal das Rocas, que
foi fruto de uma lei de minha autoria, na época em que fui vereador. O bairro é
de Café Filho, do samba, do esporte, de um povo solidário, trabalhador e que
faz as coisas acontecerem. E por que escolhemos o dia 3 de setembro? Porque foi
o dia em que Café Filho, em 1951, assumiu a Presidência da República”,
explicou.
Ubaldo lamentou o fato de que “a elite e a burguesia ainda ficam engasgadas e
não aceitam que Café Filho foi um grande político deste Estado, só porque ele tem
origem humilde, é filho de pescador e veio do proletariado”.
Em seguida, ele voltou a parabenizar o bairro e seus moradores, agradecendo
pelo carinho e acolhimento que sempre recebeu. “Esse bairro querido me abriu as
portas para que eu pudesse morar e servir à comunidade. Foi esse povo que me
deu a oportunidade de me projetar na política natalense e agora estadual. Eu
moro lá até hoje e atendo os apelos da população, vivenciando os momentos de
tristeza, mas também de alegria”, contou.
Na sequência, Ubaldo Fernandes elencou suas lutas a favor do bairro. “Nós
conseguimos retirar os tanques da Petrobras, que incomodavam a população;
fizemos melhorias habitacionais, com o condomínio São Pedro; abolimos a favela
do Maruim, que foi uma luta incansável; reabrimos o Hospital dos Pescadores,
que muitas vezes quiseram fechar as portas; asfaltamos todas as ruas; e
melhoramos sua malha viária”, detalhou, lembrando que ainda existe um
preconceito da elite sobre a criminalidade no bairro, mas que ele não está nem entre
os 20 mais violentos de Natal.
Por fim, Ubaldo divulgou a programação das comemorações em alusão ao dia de
amanhã. “Neste mês de setembro nós teremos diversas atividades no bairro.
Amanhã, faremos alvorada festiva, uma solenidade homenageando as pessoas que
têm relevantes serviços e ações sociais, além da celebração de missas e cultos
ecumênicos. O restante nós vamos divulgando ao longo do mês”, concluiu.
Já Francisco do PT, líder do governo na AL, fez comparações entre o atual
governo e o seu antecessor, garantindo que “o RN está melhor agora”. “Nós temos
ouvido aqui alguns discursos de colegas de oposição que querem fazer o povo
acreditar que o RN piorou de dezembro de 2018 para cá. E isso não é verdade.
Quem acompanha o dia a dia do Estado e compara, sabe que, apesar dos problemas,
o RN avançou muito, em todas as áreas”, opinou.
Francisco citou ainda alguns trabalhos feitos pelo atual governo nas áreas da
Saúde, Segurança e Educação. “Por exemplo, na Saúde, o que vimos ao longo
desses quase três anos foi a abertura de centenas de novos leitos, de UTI,
semi-intensivos e clínicos. Os hospitais regionais do RN foram equipados.
Tivemos milhares de servidores convocados em concursos públicos. E agora
tivemos a retomada das cirurgias eletivas, que tinham uma fila imensa. Aliás,
no final de 2018, o Estado sequer tinha a competência de gastar o mínimo
constitucional com a Saúde”, disse.
Quanto à Segurança Pública, ele lembrou que foram 15 anos sem concurso público,
antes da governadora Fátima Bezerra. “E quando ela entrou, nós tivemos mil
novos policiais nas ruas, mais 300 concluindo um curso de formação. Isso após
15 anos. Além disso, houve centenas de promoções, distribuição de novas
viaturas, equipamentos novos e valorização salarial. Eu não estou dizendo que
com isso nós superamos todos os problemas, mas todos sabem que a situação de
hoje é incomparavelmente melhor”, enfatizou.
Segundo Francisco, na Educação, foram mais de 40 escolas reformadas através do
Programa Governo Cidadão. “E não é questão de ‘vai fazer’. Elas estão feitas.
Fizemos a convocação de milhares de professores e cumprimos o piso salarial da
categoria. Os IERNS não são uma ficção, eles são realidade. O dinheiro já está
garantido, e as prefeituras já estão doando os terrenos. Todas as regiões serão
contempladas”, argumentou o parlamentar.
Finalizando os discursos do horário, Isolda Dantas (PT) leu uma carta dos
integrantes de um movimento por moradia de Natal, após reunião com eles, no
início da manhã.
“Esse debate por moradia se torna cada vez mais evidente, porque a pobreza está
aumentando e nós vemos cada vez mais a população de rua crescer. E esse
movimento chama a sociedade para fazer esse debate, principalmente no momento
em que o Plano Diretor precisa ser atualizado. Então eu queria ler essa carta e
chamar a sociedade potiguar para refletir junto com a gente sobre a necessidade
de moradia e de uma cidade que seja pensada para todos”, disse.
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala nem
participa dos acontecimentos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do
feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das
decisões políticas. O direito à moradia é considerado direito humano básico e é
garantido pelo Art. 6º da Constituição Federal. No entanto, esse direito
fundamental é negado a milhões de famílias, que compõem o déficit habitacional,
um grave problema social, que afeta também o RN. Segundo a Companhia Estadual
de Habitação do RN, em 2020 havia um déficit de 131 mil moradias, sendo 40 mil
só em Natal. E ainda, segundo o IBGE, em Natal, 13% dos domicílios estão dentro
de favelas ou ocupações”, divulgou Isolda, garantindo que prestará total apoio
ao movimento.
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