Jovens morreram em frente a uma escola em
Parnamirim (RN) — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Dois
jovens, de 16 e 18 anos de idade, morreram durante um tiroteio no município de Parnamirim,
na Grande Natal, no fim da tarde desta segunda-feira (22). De acordo com a
Polícia Militar, houve uma disputa de facções na região.
A
troca de tiros aconteceu em frente à Escola Municipal Professora Jacira
Medeiros de Lima, no loteamento Santa Júlia. Os jovens
não estudavam na unidade e nenhuma criança ou funcionário ficou ferido.
A
vítima de 18 anos foi identificada como Felipe Melo da Silva. Ele
morreu no próprio local e o corpo ficou na rua no aguardo do Instituto
Técnico-Científico de Perícia (Itep), enquanto as crianças entre 6 e 10 anos de
idade deixavam a escola e passavam pelo trecho.
A
outra vítima, de 16 anos, foi identificada apenas como Everton pela Polícia
Militar. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Deoclécio Marques, em
Parnamirim, mas não resistiu.
Crianças, professores e funcionários relataram que ouviram, de dentro da escola, os tiros e se assustaram. Segundo a Polícia Militar, a briga de facções aconteceu na avenida Lourival Figueira de Melo, perto da quadra de esportes.
Ao saírem da escola e voltarem
para casa, alguns pais
de alunos cobriam os rostos dos filhos para que eles não vissem o rapaz morto
em plena rua. Eles cobram mais segurança na região.
"Aqui realmente precisa de mais segurança. Essa escola aqui já foi várias vezes arrombada. Outra vez eu vinha da igreja e fui quase assaltada, mas não fui porque o vigia me levou pra casa. Aqui é um lugar que não está povoado totalmente, existe mato, terreno baldio, tudo isso influi pra segurança", lamentou uma mãe que precisou não se identificar.
A mãe do aluno diz ainda que o
crime pode criar uma insegurança na confiança das pessoas para saírem nas ruas
e principalmente nas crianças que possam ter presenciado o crime.
"Se alguma criança viu, fica uma cena terrível na memória, no psicológico. A gente vê a questão da segurança, do emocional e você está ali, de repente vê uma cena que não é acostumado no dia a dia", disse.
"Causa uma
insegurança psicológica pras crianças e pro bairro todo, porque tem idoso
caminhando numa hora dessa. Fica complicado até mesmo da gente receber uma bala
perdida".
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