Buraco interdita rodovia RN-118 no interior do RN — Foto: Divulgação O Rio Grande do Norte tem 67,1% das estradas com algum tipo de pr...
Buraco
interdita rodovia RN-118 no interior do RN — Foto: Divulgação
O Rio Grande
do Norte tem 67,1% das estradas com algum tipo de
problema. É o que aponta a Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada nesta
segunda-feira (6) pela Confederação Nacional de Transportes.
Essas estradas do
estado foram avaliadas pela CNT como sendo regulares, ruins ou
péssimas. Mais de 50% tem problema com sinalização e mais de 60% com
pavimentação (veja mais abaixo detalhado).
A pesquisa avalia
toda a malha pavimentada das rodovias federais e principais trechos estaduais.
Ela percorreu 1.879 quilômetros no estado.
Já 32,9% das rodovias do Rio Grande do Norte foram
consideradas ótimas ou boas na avaliação da pesquisa da Confederação Nacional
de Transportes.
De acordo
com a CNT, 26 trechos das rodovias são considerados pontos críticos.
Isso porque possuem buracos maiores do que um pneu.
A pesquisa
aponta ainda que o investimento para recuperar as rodovias no estado, com ações
emergenciais, de manutenção e de reconstrução, é de R$ 578,4 milhões.
De acordo
com o diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do RN (DER), Manoel
Marques, parte dos trechos considerados críticos terão obras de melhorias a
partir de dezembro.
"A
gente vai dar uma melhorada na nossas rodovias, porque esses trechos que não
cabem mais na manutenção. Vão ser refeitos, dando uma melhor condição",
explicou.
O diretor
explica que não serão as rodovias inteiras refeitas, mas os trechos mais
afetados. "A gente vai atacar primeiro os trechos que são críticos ou
muito ruins. Vamos recuperar, até pra diminuir o custo com manutenção".
Os trechos
das rodovias que serão refeitas englobam cidades como Jucurutu, Patu, Ouro
Branco, Carnaúba dos Dantas, Tibau, Grossos, Assú, Paraú, Triunfo Potiguar,
Caicó e Jardim de Piranhas.
Segundo
Manoel Marques, a governadora Fátima Bezerra (PT) destinou R$ 130 milhões de saldo do contrato com o Banco Mundial
para investimento nas rodovias.
Veja outros pontos
avaliados pela pesquisa
Pavimento
A pesquisa
aponta também que 63,3% da extensão da malha rodoviária apresenta
problema na pavimentação, enquanto 36,4% está em condição satisfatória.
Sinalização
Segundo a
pesquisa, 55,2% das rodovias tem sinalização
considerada regular, ruim ou péssima. Já 44,8% da malha
tem esse quesito como ótimo ou bom.
A avaliação
ainda aponta que 7,3% da extensão está sem
faixa central e 14,1% não têm faixas laterais.
Geometria da via (traçado)
A CNT aponta
que 73,1% da extensão da malha rodoviária apresenta
algum tipo de problema e 26,9% está boa
ou ótima.
As pistas
simples predominam em 92,4%, reforça a pesquisa, mas falta acostamento em 55,9% dos trechos avaliados e 52,6% dos trechos com curvas perigosas não têm
sinalização.
Custo operacional
As condições
do pavimento no estado geram um aumento de custo operacional do transporte
de 32,6%. Isso reflete na competitividade do Brasil e no
preço dos produtos, segundo a pesquisa.
Meio ambiente
Ao final de
2021, estima-se que haverá um consumo desnecessário de 20 milhões de litros de
diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no estado. Esse
desperdício custará R$ 88,24 milhões aos transportadores.
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