Depois de 30 minutos de audiência e algumas horas de espera, Robinho e o amigo Ricardo Falco foram condenados pela Corte de Cassação da Itália na terceira e última instância da justiça italiana a nove anos de prisão por violência sexual em grupo cometida contra uma mulher albanesa numa boate em Milão, em janeiro de 2013.
Como não
restam mais recursos, a sentença é definitiva. No entanto, como está no Brasil,
o jogador não será preso na Itália.
A justiça italiana pode pedir para que o Brasil faça a extradição de Robinho e Falco, para que cumpram a pena no país. No entanto, a Constituição Federal de 1988 não permite que brasileiros natos sejam extraditados.
Sendo assim, a Itália pode pedir ao
governo brasileiro para que os dois cumpram os nove anos de prisão em uma
penitenciária do Brasil — em caso de viagem a outros países europeus, ambos
também podem ser presos, caso a Itália emita um pedido internacional de prisão.
Entenda o caso
A vítima, que diz que
foi embriagada e abusada sexualmente por seis homens enquanto estava
inconsciente, completará 32 anos na próxima sexta-feira — na época, ela
comemorava o 23° aniversário —, não queria comparecer a audiência, mas foi
convencida pelo advogado e acompanhou o julgamento.
O jogador, Falco, e suas
defesas, por sua vez, afirmam que a relação foi consensual. Robinho não foi a
nenhuma audiência desde que o caso foi aberto, em 2016. A sentença de primeira
instância foi anunciada no ano seguinte. Em outubro de 2020, o jogador chegou a
ser anunciado pelo Santos, mas uma série de protestos, principalmente nas redes
sociais, fez com que o Peixe suspendesse e posteriormente encerrasse o contrato
com o jogador. No mesmo mês, a TV Globo divulgou trechos de uma conversa de
Robinho com amigos, no qual os homens debochavam da vítima.
Dois meses depois, em
dezembro, a dupla também foi condenada em segunda instância, na corte de
Apelação de Milão. Na época, a juíza Francesca Vitale, que presidiu o
julgamento, disse que "a vítima foi humilhada e usada pelo jogador e seus
amigos para satisfazer seus instintos sexuais".
Agora, com a condenação
na terceira e última instância, não restam mais recursos para Robinho e Ricardo
Falco, que podem cumprir a pena no Brasil.
O caso contra os outros
quatro homens envolvidos está suspenso até o momento, mas pode ser reaberto com
a decisão da justiça italiana.
fonte:extra
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