Menino
aguardava vaga no Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, em Natal, que está
com todos os leitos ocupados. — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Um
adolescente de 14 anos que aguardava vaga em um leito pediátrico de UTI Covid,
morreu nesta sexta-feira (28,) no município de São Tomé, na região do Trairí do
Rio Grande do Norte.
Geovani Augusto, de
14 anos, tinha paralisia cerebral, estava com covid-19 e, segundo os médicos,
precisava de uma UTI, mas ainda integrava uma lista de espera por leitos
críticos.
Ele estava internado
desde a última quarta-feira (26) na unidade mista de saúde do município de São
Tomé.
· Não há registro de vacinação do garoto contra a Covid-19 no RN Mais Vacina, nem na plataforma do Ministério da Saúde.
O sistema de
regulação do estado informou que chegou a conseguir uma vaga no Hospital
Regional de Currais Novos, no Seridó potiguar, mas a unidade não recebeu o
menino por não ter estrutura com leito de UTI pediátrico.
Houve tentativa de
conseguir uma transferência para o hospital Maria Alice Fernandes, em Natal,
mas não havia vaga na unidade.
Leitos
ocupados
De acordo com a
Secretaria de Estado e Saúde Pública (Sesap), nesta sexta-feira (28), todos os leitos de Unidade de Tratamento
Intensivo (UTI) para Covid-19 disponibilizados ao público infantil na rede
pública de saúde do RN estão ocupados.
Pelo menos 8
pacientes estavam na fila de espera por leitos pediátricos para Covid-19. Dois
aguardavam UTIs - um deles era Geovani.
O estado dispõe de
dez leitos de UTI e 30 clínicos no Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes,
além de três de UTI no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró, na região Oeste.
Em nota, a Sesap
lamentou a morte do adolescente e informou que está trabalhando para garantir
abertura de novos leitos pediátricos. A secretaria planeja abrir mais 6 leitos
de UTI no Hospital Maria Alice Fernandes “dentro do mais curto espaço de
tempo”, diz o texto.
A Sesap considerou
que a velocidade do agravamento da pandemia e a busca expressiva por leitos,
principalmente pediátricos, além adoecimento dos profissionais de saúde, não
permite a oferta de leitos na velocidade necessária.
A secretaria também
reforçou a importância de que as crianças sejam vacinadas contra a Covid-19 o
mais rápido possível. “A vacina é eficaz e segura”, destacou.
fonte:g1rn
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