Foto: Reprodução
A população que utiliza
ônibus em Natal está prejudicada desde as primeiras horas desta terça-feira
(18). Os rodoviários iniciaram uma paralisação e somente 30% da frota está
circulando. A greve é por tempo indeterminado e atinge todas as linhas que
circulam na capital.
O Sindicato dos
Rodoviários (Sintro) publicou edital de greve na sexta-feira (14).
Inicialmente, a expectativa era de que a paralisação ocorresse somente na
quarta-feira (19), mas já teve início nesta terça-feira. Os trabalhadores
reclamam de dois anos sem reajuste salarial e cobram, também, retorno do
pagamento integral do vale-alimentação. Segundo o Sintro, a integralidade desse
valor corresponde a R$ 360 e há dois anos os rodoviários cedem metade dessa
quantia, recebendo só R$ 180.
Por outro lado, os
empresários afirmam que não têm condições de conceder o reajuste. O Sindicato
das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal
(Seturn) encaminhou ofício solicitando reunião em caráter de urgência com
prefeito de Natal, Álvaro Dias, para definir o dissídio coletivo do setor.
Segundo o consultor técnico do Seturn, Nilson Queiroga, é preciso um
posicionamento da Prefeitura do Natal para que seja possível definir um
reajuste aos trabalhadores.
“O que tem salvado as
empresas até agora são as isenções. O Governo renovou (isenção do ICMS sobre
combustível) e a Prefeitura ainda não se posicionou se vai isentar ou não o
ISS, e se vai ter reajuste de tarifa. Mas só a isenção não resolve o problema”,
disse Queiroga.
De acordo com ele, a STTU
respondeu a questionamento da Justiça sobre a planilha de composição tarifária
e disse que a tarifa técnica estava calculada em R$ 4,12. Segundo Queiroga, a
previsão da nova tarifa, inclusive, não tinha a previsão de isenção e do
reajuste de motoristas. “O Seturn solicitou a audiência com o prefeito, junto
ao presidente do Sintro, para que o prefeito diga qual é o percentual que cabe
dentro da planilha tarifária”, pressionou.
Atualmente, a tarifa de
ônibus custa R$ 3,90 para quem faz o pagamento através do cartão de passagens e
R$ 4,00 para quem paga em dinheiro. Até o momento, não há a confirmação sobre
uma audiência entre empresários, Executivos e rodoviários.
Fonte: Tribuna do Norte
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