Natal inicia vacinação de crianças de 5 a 11 anos na terça-feira (18); veja locais de aplicação — Foto: Alex Régis

A taxa de letalidade por covid-19 caiu quase cinco vezes após a vacinação da população do Rio Grande do Norte contra a doença, segundo divulgou a Secretaria Estadual de Saúde nesta quarta-feira (26).

O estudo comparou os dados de dezembro de 2021 e janeiro de 2022 no Rio Grande do Norte, com os números da primeira onda da pandemia, em 2020, quando ainda não havia vacinação contra a doença. O resultado foi um índice 4,7 vezes menor de mortes, em relação ao número de casos positivos da doença.

Caso os índices fossem iguais, 505 vidas a mais teriam sido perdidas este ano para a Covid-19, informou a Sesap.

O estudo foi realizado pelo comitê de especialistas montado pelo estado para enfrentamento à pandemia.

Segundo a avaliação dos dados feita pelo professor Ângelo Roncalli, na atual onda foram registrados 21.956 casos de Covid-19 e 133 óbitos, com uma letalidade de 0,6 no estado.

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A Sesap considera que a taxa pode ser ainda menor, por que há "subnotificação de casos, diante da dificuldade para realização de testes".

Se a terceira onda tivesse ocorrido nas mesmas condições da primeira (maio a julho de 2020), quando não havia vacina disponível, o número de óbitos chegaria a 638, comparou a pasta.

O estudo concluiu também que se a terceira onda estivesse ocorrendo nas condições iguais às da segunda (março a julho de 2021), quando a campanha de vacinação estava em velocidade longe da ideal, o total de óbitos seria de 400, ou seja, 267 óbitos a mais.

“Atribuímos esse quadro à vacinação, porque as pessoas que estão hoje sendo hospitalizadas com quadros graves não estão vacinadas ou estão com seu ciclo vacinal incompleto, faltando a segunda ou a terceira dose, que é muito importante para fazer um papel protetor contra a nova variante. Então fica o alerta para as pessoas se vacinarem e se protegerem, pois as pessoas vacinadas que contraem a covid estão desenvolvendo as formas leves da doença, sem necessidade de serem hospitalizadas”, disse Janeusa Souto, professora titular do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFRN e integrante do comitê de especialistas.

A professora defendeu o passaporte vacinal como forma de incentivar a vacinação junto à população que ainda não tomou as doses ou não completou o esquema vacinal.

“A cobrança do passaporte vacinal deve ser vista como uma política de saúde pública, no sentido de estimular a população não vacinada a buscar a vacinação e se proteger, é um direito coletivo à saúde e essencial ao controle da pandemia”, ressaltou.

Vacinação

Segundo dados do sistema RN Mais Vacina, usado na administração da vacinação no Rio Grande do Norte, 85% da população do estado tomou a primeira dose do imunizante contra a doença, até esta quarta-feira (26). O índice é maior entre os adultos (91%), chega a 83% no caso dos adolescentes e é bem menor no público infantil, que começou a ser vacinado neste mês (5%).

Já o percentual da população que tomou a segunda dose é menor e está em 76%. Quanto à dose de reforço, são apenas 23%.

 fonte:g1rn

                                    

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