Governadora
do RN Fátima Bezerra. Foto: José Aldenir/Agora RN
O discurso político da
governadora Fátima Bezerra (PT), no início do ano legislativo, foi certeiro.
Sem citar nomes, mirou no seu antecessor Robinson Faria (PSD), no presidente da
República Jair Bolsonaro (PL) e no prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB).
“Herdamos o governo em situação falimentar e estamos finalizando o pagamento de
R$ 1 bilhão aos servidores; recuperamos a capacidade de investimento que já
ultrapassou R$ 1 bilhão; melhoramos o ambiente de negócios; resgatamos a
credibilidade do Estado; enfrentamos o negacionismo e salvamos vidas”,
discursou. Como se percebe, em um único parágrafo, a governadora mandou o
recado para seus adversários políticos.
“Neste mês de janeiro
começamos a pagar a última das 4 folhas atrasadas do funcionalismo, que estará
completamente quitada em maio. Nosso compromisso com os servidores foi muito
além disso. Está nos concursos públicos, nas reestruturações das carreiras, nos
reajustes salariais das categorias, muitas das quais estavam há mais de 10 anos
com seus vencimentos congelados. Sempre em diálogo com o fórum dos servidores,
de forma transparente e responsável”.
Ela foi enérgica ao comentar
suas ações e obras estruturantes nas rodovias estaduais. “Os que tentam dizer
que nosso governo só paga salários, muitas vezes porque tiveram parte no
governo que, aí sim, nem os salários pagava, lembro dos investimentos que já
realizamos em estradas, recuperando mais de 2,7 mil km, o equivalente a 90% da
malha viária estadual, e do plano de obras anunciado no fim de 2021 com
orçamento de R$ 500 milhões que, entre outras coisas, vai restaurar trechos
considerados críticos em 29 rodovias localizadas em todo o RN […] 25% de tudo
que investimos em estradas, atualmente, se dá com recursos próprios. Volume que
poderia ser 4 vezes maior se não tivéssemos tido que destinar R$ 1 bilhão do
nosso caixa para pagar a dívida salarial do governo anterior”.
Ao criticar o presidente
Bolsonaro, Fátima falou do negacionismo e mostrou como o RN vem combatendo a
pandemia. “Não é possível relembrar o ano de 2021, sem falar da dura batalha
que travamos para interromper o ciclo de mortes e de medo em que estávamos
mergulhados, junto ao nosso país e ao mundo, em razão da pandemia. Enfrentamos
o negacionismo e a desarticulação do governo federal que nunca se cansou de
militar em favor do vírus. O início da imunização no Brasil foi muito mais
lento do que seria possível e desejável. Agora, com as vacinas garantidas,
seguimos na luta para frear a disseminação do vírus e sua capacidade de se
manifestar de forma grave ou letal”.
E acrescentou: “Uma variante
hiper contagiosa, combinada ao cansaço de todos com a pandemia e parte da
população não vacinada, são a receita do recrudescimento que hoje atravessamos.
Com mais uma onda de casos, foi necessário abrir novos leitos. Em parceria com
os municípios, abrimos mais de 100 leitos, passando de 313 para 418. Desde o reinício
do trabalho de expansão, já foram abertos 169 leitos, em 10 unidades de saúde
de 5 regiões do Estado, e o plano de ampliação prevê outros 83. A demanda por
leitos se dá, principalmente, por parte de pacientes que não se vacinaram ou
que estão com seu ciclo vacinal incompleto. Por isso, se 2021 foi o ano da
vacina, queremos que 2022 seja o ano da completa imunização do povo potiguar”.
fonte:agora rn
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