O Dia Internacional da Mulher, concebido em 1910, foi
reconhecido pelas Nações Unidas em 1977. Mesmo com a origem e a celebração dos
direitos femininos em um determinado dia terem tradição norte-americana, existem
muitas datas simbólicas com o mesmo objetivo.
A primeira
tentativa parece remontar a 1909 por meio do extinto Partido Socialista dos
Estados Unidos, que celebrou um Dia Nacional da Mulher no dia 28 de fevereiro
daquele ano.
Um ano depois,
durante a Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada em
Copenhague, surgiu a ideia de um dia internacional para festejar o sexo
feminino.
A alemã Clara
Zetkin propôs, nessa conferência 1910, a criação do Dia Internacional das
Mulheres sem fixar data, em meio às crescentes denúncias de discriminação
trabalhista e eleitoral sofridas pelas mulheres nos países industrializados.
O dia foi
comemorado pela primeira vez em 19 de março de 1911 na Áustria, na Dinamarca,
na Alemanha e na Suíça. Nessa ocasião, mais de um milhão de mulheres se
manifestaram na Europa.
Manifestação de operárias
Deixado de lado pela divisão do movimento operário e da
Primeira Guerra Mundial, ressurgiu na Rússia, em 8 de março (23 de fevereiro,
pelo calendário russo), por ocasião de uma manifestação de operárias em São
Petersburgo, em 1917, para reclamar pão e a volta dos homens da frente de
batalha.
Em 1921, Lênin,
o fundador da União Soviética, escolheu essa data em homenagem às operárias e
iniciava uma tradição nos países comunistas. Na China de hoje, as trabalhadoras
se beneficiam de meia jornada de folga.
Nos anos 1970,
o movimento feminista se apropriou desta data para fortalecer suas
reivindicações pela igualdade de direitos políticos e sociais.
E, em 1977, a
ONU decretou o 8 de março Dia Internacional dos Direitos das Mulheres e pela
Paz.
Desde então, a
data se reveste de importância simbólica em todas as partes do mundo onde as
mulheres ainda devem lutar por seus direitos fundamentais reconhecidos ou
acabar com a violência e as persistentes desigualdades de que são vítimas.
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